Política agrícola precisa de metas ambientais mais bem definidas, considera TCE

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"A Política Agrícola Comum está mais bem pensada, já nos planos agrícolas dos países da UE, não vemos grandes diferenças em relação ao passado", referiu o membro do TCE responsável pela auditoria, Nikolaos Milionis.

"A nossa conclusão é que as ambições da UE para o clima e o ambiente não têm muito eco a nível nacional", sublinhou, acrescentando que "faltam elementos essenciais para avaliar o desempenho ecológico".

Quando elaborar a sua proposta para a PAC pós-2027, o TCE recomenda que Bruxelas avalie "que objetivos climáticos e ambientais da UE podem ser incorporados em metas quantificadas para a PAC, e de que forma".

Bruxelas deve ainda clarificar os critérios para avaliar os diferentes programas nacionais da PAC, elaborados pelos Estados-membros, uma vez que a única meta que se pode medir é o aumento das terras onde se pratica agricultura biológica e que a correspondente meta para 2030 definida no Pacto Ecológico "parece muito difícil de alcançar".

Para 2030, o objetivo é ter 25% de terras dedicadas a práticas biológicas, sendo de 10% a quota atual, revelam os auditores.

O TCE recomenda ainda que o executivo comunitário inclua as estimativas do contributo da PAC para o Pacto Ecológico no relatório sobre ambiente e clima, até 31 de dezembro de 2025.

A PAC é um domínio de intervenção fundamental da UE e representa 31% do seu orçamento para 2021-2027, assentando em planos estratégicos definidos por cada Estado-membro.

É composta por dois fundos: o Fundo Europeu Agrícola de Garantia (Feaga) e o Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural (Feader).

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