Polónia suspende negociações com a Ucrânia sobre questões agrárias

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O vice-ministro da Agricultura polaco, Michal Kolodziejczak, declarou numa entrevista ao jornal Dziennik Gazeta Prawna que precisamente alguns dos representantes ucranianos, que iriam participar nas negociações nessa terça-feira, foram acusados crimes de corrupção no seu país.

"Não vamos negociar com pessoas acusadas de corrupção", afirmou o vice-ministro polaco, embora não tenha dado mais detalhes sobre o assunto.

Na opinião de Kolodziejczak, o Ministério da Agricultura polaco ainda não conseguiu resolver todos os problemas do setor porque a situação "não é fácil".

No entanto, o vice-ministro polaco declarou que as últimas manifestações do setor da agricultura na Polónia foram uma tentativa de "campanha para as eleições europeias" por parte de políticos "interessados".

Kolodziejczak destacou que os maiores protestos agrários em décadas foram registados "à medida que o PiS (Partido Lei e Justiça, formação política de direita que perdeu o Governo após as eleições de outubro de 2023) foi perdendo o poder".

"Esta é uma narrativa imposta pelos apoiantes do PiS", lamentou o político polaco.

Os agricultores polacos têm protestado contra o Governo da Polónia e o Acordo Verde Europeu desde 09 de fevereiro.

O setor exige que a importação de produtos agrícolas da Ucrânia, que são geralmente mais baratos, seja limitada ou completamente proibida e que o mercado interno seja reforçado.

Além disso, criticam as políticas promovidas pela União Europeia (UE), que procura reduzir significativamente as emissões de gases com efeito de estufa até 2050.

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