Porto. Comunidade energética sem produção "por inoperância" do Estado

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Filipe Araújo, que substituiu o presidente da câmara na sessão da Assembleia Municipal do Porto, atribuiu responsabilidades à "inoperância das instituições centralizadas".

"Continuamos presos a modelos que estão assentes numa administração pública absolutamente centralizada, que tem muito pouca motivação para tornar as prioridades políticas em realidade. Não questiono as estratégias, mas a verdade é que transportadas para a administração pública, não são executadas de maneira efetiva", referiu.

O município do Porto instalou em 2022 dois sistemas fotovoltaicos distintos, com vista a criar uma comunidade energética renovável entre as habitações das mais de 180 famílias do Bairro de Agra do Amial e a Escola Básica da Agra, no âmbito do projeto Asprela + Sustentável.

O projeto foi aprovado em 2021 no âmbito do programa 'Ambiente, Alterações Climática e Economia de Baixo Carbono', promovido pelo EEA Grants (mecanismo financeiro do espaço económico europeu).

"Tivéssemos instituições mais ágeis e poderíamos estar com painéis montados em Agra do Amial e em muitos outros bairros", destacou Filipe Araújo, lembrando que o município pretende investir seis milhões de euros para, nos telhados dos bairros municipais, produzir "energia limpa" ao abrigo do Pacto do Porto para o Clima.

"Sem ter o primeiro a funcionar dificilmente será possível expandir", concluiu o vice-presidente.

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