“O movimento da curva de taxas de juro nacional, está associada às expetativas de cortes de taxas de juros do Banco Central Europeu. Depois de um grande otimismo no final de 2023, o mercado tenta agora encontrar a taxa neutral à medida que os dados económicos vão sendo divulgados”, considera Filipe Silva do Banco Carregosa.
O IGCP – Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública foi ao mercado com uma emissão tripla de obrigações de tesouro num montante total de 1.784 milhões de euros. A cinco anos, colocou 453 milhões de euros com uma procura de 1,53 e taxa de 2,656%, a dez anos colocou 800 milhões de euros com uma procura de 1,29 taxa de 3,149% e a 28 anos colocou 531 milhões de euros com uma procura de 2,13 e taxa de 3,568%.
Filipe Silva, Diretor de Investimentos do Banco Carregosa, sobre as emissões de Obrigações do Tesouro, lembra que “em janeiro, Portugal tinha realizado um leilão triplo com maturidades diferentes das atuais, no entanto, o prémio de risco de Portugal subiu no último mês, o que acaba por se traduzir em taxas mais elevadas em todas as maturidades e superiores às do leilão anterior”.
“O movimento da curva de taxas de juro nacional, está associada às expetativas de cortes de taxas de juros do Banco Central Europeu. Depois de um grande otimismo no final de 2023, o mercado tenta agora encontrar a taxa neutral à medida que os dados económicos vão sendo divulgados”, acrescenta Filipe Silva.
“As expetativas do mercado para os possíveis cortes de taxas para este ano têm vindo a mudar, o que acaba por se refletir nos prémios de risco de cada geografia. Não obstante esta subida do risco nacional, a mesma está alinhada com os movimentos de toda a divida soberana europeia. Portugal tem vindo a conseguir reduzir o seu nível de endividamento face ao PIB e continua a ser o país da periferia com o spread mais baixo face à Alemanha”, conclui o Diretor de Investimentos do Banco Carregosa.