Portugal tem uma das jurisdições mais leves, a nível mundial, no que toca à negociação de criptomoedas. Por isso mesmo, foi considerado um dos melhores países para os investidores destes ativos digitais.
Portugal está a ser considerado como um dos melhores países, pela sua jurisdição, para os investidores de criptomoedas. O ranking “Relatório Global 2024 sobre as Melhores Jurisdições para Investidores em Criptomoedas” da Global Citizen Solutions avaliou um total de 75 países e colocou Portugal na sexta posição, com base em 13 indicadores.
A primeira posição do ranking é ocupada pela Suíça, com uma pontuação de 94,01 pontos, seguida por Singapura (91,58 pontos) e os Emirados Árabes Unidos (90,66 pontos). O Liechtenstein tem a mesma pontuação que os Emirados, embora ocupe a quarta posição da lista.
Por sua vez, Portugal conta com uma soma total de 90,54 pontos no ranking, fazendo-o ocupar o sexto lugar.
“Com a transferência de riqueza para gerações mais jovens, a procura por investimentos em criptomoedas baseados em princípios e por regulamentações claras está a aumentar. Para lidar com a natureza intensiva em energia da mineração de criptomoedas, por exemplo, introduzimos na Global Intelligence Unit um indicador de Transição Verde para avaliar os esforços de sustentabilidade dos países,” apontou Laura Madrid, coordenadora do estudo.
A análise mostra que a Europa se destaca como um polo global de políticas amigas das criptomoedas, com uma abordagem progressista em relação à regulamentação e adoção das criptomoedas. Indica o estudo que oito dos 10 primeiros lugares são ocupados por países europeus, com forte destaque para a Suíça e o Liechtenstein, uma vez que apresentam regimes fiscais favoráveis ao isentar os ganhos com criptomoedas.
Já os Emirados Árabes Unidos e a Singapura destacam-se nas primeiras posições por conta da inexistência de impostos sobre estes ativos digitais e o forte apoio à inovação em blockchain.
Dos 75 países na análise, 76% permite investimentos em criptomoedas. No entanto, 23% têm proibições, afetando 15% dos indivíduos com elevado património líquido em todo o mundo.
“A China, em particular, permanece como um dos poucos países na análise que ainda impõem uma proibição total à mineração, uso e troca de criptomoedas, o que pode estar a levar os investidores chineses a procurar residência fiscal em jurisdições mais favoráveis, como Hong Kong, Singapura, os Emirados Árabes Unidos e Portugal”, sustenta o relatório.
Os primeiros 10 lugares do ranking das criptomoedas
| País | Pontuação | Regulamentação | Economia | Tecnologia e Inovação | Taxa de adoção | Transição Verde e Governança |
| Suíça | 94,01 | 3 | 7 | 4 | 5 | 2 |
| Singapura | 91,58 | 1 | 1 | 5 | 11 | 42 |
| Emirados Árabes Unidos | 90,66 | 12 | 2 | 3 | 24 | 43 |
| Liechtenstein | 90,66 | 6 | 1 | 28 | 37 | 14 |
| Países Baixos | 90,63 | 9 | 23 | 7 | 19 | 14 |
| Portugal | 90,54 | 27 | 9 | 19 | 22 | 17 |
| Áustria | 90,43 | 17 | 10 | 37 | 33 | 9 |
| Estónia | 90,33 | 15 | 14 | 34 | 25 | 7 |
| Malta | 90,27 | 31 | 3 | 35 | 26 | 41 |
| Alemanha | 89,87 | 8 | 17 | 26 | 18 | 10 |
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