De acordo com o “Expresso”, Portugal teve o seu pico de emigração em 2013, com cerca de 120 mil portugueses a deixar o país, sendo que atualmente 2,3 milhões de portugueses a vivem no exterior.
Portugal tem a taxa de emigração mais elevada da Europa e uma das mais altas do mundo, segundo avança o “Expresso”, citando dados do Observatório da Emigração. O observatório indica que mais de 850 mil jovens, com idades compreendidas entre os 15 e os 39 anos, a viverem no exterior, o que corresponde a 30% dos nascidos em Portugal.
O pico da emigração deu-se entre 2010 e 2019, com o auge a ser atingido em 2013, com cerca de 120 mil portugueses a deixar o país. Neste momento, são cerca de 2,3 milhões de portugueses a viverem no exterior.
De acordo com José Carlos Marques, sociólogo especialista em emigração, entrevistado pelo jornal “Expresso”, é fundamental que se invista nos incentivos ao retorno dos emigrantes, e que se melhore os incentivos para estes ficarem cá em Portugal.
Estas saídas de jovens de Portugal podem vir a ter um impacto muito grande na fecundidade, uma vez que a maioria das mulheres que emigra está no seu período fértil, e sendo que neste momento os filhos de mãe portuguesa no estrangeiro “já equivalem a 20% do total de nascimento em Portugal”.
Ao “Expresso”, Maria Filomena Mendes, ex-presidente da Associação Portuguesa de Demografia, sublinha que “é fundamental tomar consciência do efeito que isto terá na evolução demográfica do país, no nosso futuro e no que queremos deixar aos nossos filhos”.
Segundo o “Atlas da Emigração”, Espanha foi o principal destino da emigração em 2022, com um total de 11.001 portugueses a escolher este país, seguida da Suíça e do Reino Unido. Já França é o país que tem o maior número de emigrantes portugueses, com 604.300.
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