Portuguesa Legau vai a congresso jurídico no Tennessee e lança-se ao mercado norte-americano

A startup portuguesa Legau, que se tem destacado por assinar contratos de tecnologia com as maiores sociedades de advogados do país, está prestes a lançar-se nos Estados Unidos (EUA). A empresa jurídico-tecnológica (legaltech) vai estar presente num congresso internacional dedicado ao sector, onde se apresentará à maior economia do mundo.

É na conferência ILTACON 2024 – que se realiza entre os dias 11 e 15 de agosto em Nashville, no Tennessee – que a legaltech nacional vai arrancar com a sua operação norte-americana. “Estamos entusiasmados por levar a nossa solução de smart drafting ao mercado dos EUA, e não há melhor lugar para celebrar do que na ILTACON 2024,”, afirmou o cofundador e CEO da Legau, Luís Alves Dias, em comunicado enviado ao Jornal Económico.

Fundada na cidade de Lisboa em 2021, por Luís Alves Dias, Luís Lopes e Diogo Barros Pereira, a Legau desenvolve e comercializa software de redação jurídica que apoia os advogados em todos os tipos de documentos legais durante o ciclo de redação (pesquisa, planeamento, criação e revisão) em Word e Outlook (Microsoft), embora também se integre com outros sistemas internos, como iManage e NetDocuments.

“O nosso software já está a ajudar os nossos clientes a recuperar em média 22,1% do tempo em redação jurídica, e 75% dos advogados relatam um aumento na satisfação no trabalho. Estamos ansiosos para oferecer o mesmo nível de inovação e eficiência às sociedades de advogados dos EUA”, referiu Luís Alves Dias, antes de partir para o outro lado do Atlântico.

A Legau foi uma das empresas selecionadas a nível global para participar no StartupHub da ILTACON e a primeira portuguesa a ser escolhida neste programa. O prémio surge após ter sido nomeada Startup do Ano 2023 pela HackerNoon e considerada uma das startups de Inteligência Artificial (IA) a ter em atenção no sector legal pelo Legaltech Hub.

No passado mês de outubro, a Legau reforçou a parceria com a PLMJ, uma vez que a sociedade instalou o Legau AI Assistant. Em causa está um sistema que recorre a IA generativa para prestação de serviços jurídicos e está concebido para “enquadrar especificamente o sector e o ordenamento jurídico nacionais, garantindo a segurança e confidencialidade dos dados tratados com recurso a esta ferramenta”, segundo a PLMJ.

A firma liderada por Burno Ferreira diz que a tecnologia da Legau garante “que a informação carregada é usada apenas para a finalidade pretendida, sendo desconsiderada no desenvolvimento dos modelos mantendo-se, por isso, no universo de utilizadores autorizados e mitigando extraordinariamente as limitações conhecidas de outras ferramentas semelhantes”.