Portugueses escolhidos para comissão eleitoral do líder do Governo de Macau

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Os membros da Comissão Eleitoral do Chefe do Executivo (CECE) de Macau foram escolhidos, no domingo, por 576 pessoas coletivas (associações e organizações) eleitoras, ou seja, mais de 6.200 eleitores num território com 687 mil habitantes.

No primeiro setor da comissão, definido como industrial, comercial e financeiro, foram escolhidos no domingo o urbanista Manuel Iok Pui Ferreira, o antigo presidente da Associação dos Advogados de Macau Jorge Neto Valente e o empresário Carlos Rodrigues.

Nos subsetores cultural e educacional foram nomeados o ator e cantor José Chan Rodrigues, o antigo presidente da televisão pública TDM-Teledifusão de Macau Manuel Pires e o presidente da Confraria da Gastronomia Macaense, Carlos Anok Cabral.

Os macaenses são uma comunidade euro-asiática, composta sobretudo por lusodescendentes, com raízes no território.

No subsetor profissional foram selecionados os advogados Leonel Alves, Paulino Comandante e António Dias Azedo, os arquitetos Carlos Marreiros e André Ritchie, o secretário-geral adjunto do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, Casimiro de Jesus Pinto, e a tradutora e intérprete Manuela Aguiar.

No subsetor do desporto foram escolhidos o piloto de carros de corrida Eurico de Jesus e João Manuel Paes D`Assumpção, filho do primeiro presidente da Assembleia Legislativa de Macau.

No setor do trabalho, serviços sociais e religião foram escolhidos Daniela Fão, dirigente da Direção dos Serviços de Turismo, o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Macau, António José de Freitas, e Duarte da Silva Rosário, dirigente do Instituto para os Assuntos Municipais.

A escolha da CECE decorreu com 5.521 dos mais de 6.200 eleitores a exercerem o direito de voto, para escolher 344 membros dos 348 admitidos às eleições, de acordo com um comunicado da Comissão de Assuntos Eleitorais do Chefe do Executivo (CAECE).

A taxa de votação foi de 81,1%, tendo sido apurados 5.347 votos válidos, ou seja, 96,8%, e registados 18 votos em branco e 157 nulos, indicou.

"A taxa geral de votação nestas eleições foi mais elevada do que a registada em 2019 (87,2%)", acrescentou.

O líder do Governo de Macau vai ser escolhido em 13 de outubro para um mandato de cinco anos pela CECE - que integra 400 membros provenientes dos quatro setores da sociedade -, sendo depois nomeado pelo Governo central chinês, de acordo com a Lei Básica, que serve como uma `mini Constituição` do território, e a lei eleitoral.

A Lei Básica define os três primeiros setores como: industrial, comercial e financeiro; cultural, educacional, profissional e, por fim, do trabalho, serviços sociais e religião.

Entretanto, foi anunciado no Boletim Oficial de Macau que cada candidato a chefe do Executivo poderá gastar até 6,4 milhões de patacas (730 mil euros) na campanha eleitoral - o correspondente a 0,02% das receitas previstas no orçamento da região este ano, tal como previsto na lei.

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