PR de Moçambique elogia apoio do Ruanda em Cabo Delgado

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"Foi importante estar aqui porque nos bons momentos e nos maus momentos os amigos sempre se reúnem", disse Filipe Nyusi, à comunicação social, à margem da cerimónia de investidura de Paulo Kagame para o quarto mandato como Presidente do Ruanda, reeleito em julho.

Filipe Nyusi sublinhou que a participação nesta cerimónia de mais de 20 chefes de Estado, entre os quais o Presidente de Angola, João Lourenço, demonstram o respeito e a admiração por aquele país africano.

"Ficou patente que o povo de Ruanda não se distrai com agenda, eles têm agenda virada ao progresso e mais nada. Um estádio requalificado de 20 a 45 mil homens encheu [no domingo, para a cerimónia de posse] e a população ficou à espera desde o início até último momento. Então ficou claro que era uma celebração de todos eles", disse ainda Nyusi.

Questionado sobre a ajuda militar de Ruanda no combate ao conflito armado em Cabo Delgado, no norte do país, o Presidente explicou que é uma cooperação positiva: "Desde que estamos a trabalhar juntos temos estado a resolver problemas daquela zona e agora que SAMIM [missão militar dos países da África austral] saiu estamos a continuar. Uma coisa boa que existe nesta força é o facto de eles terem um contacto saudável com as comunidades".

Explicou que após a saída da missão da SAMIM, concluída no início de julho, foram reforçados os contingentes das forças militares ruandesas e da Força de Defesa e Segurança de Moçambique, em Cabo Delgado.

Uma força de mais de 2.000 militares do Ruanda, que começou a ser reforçada desde abril, combate os grupos terroristas que operam há quase sete anos naquela província do norte de Moçambique, protegendo nomeadamente a aérea em que francesa TotalEnergies tem um empreendimento para explorar gás natural, após acordo entre os dois governos.

Os resultados das eleições de 15 de julho no Ruanda confirmam a vitória esperada de Paul Kagamé, no poder desde 2000, com 99% dos votos.

O partido de Kagamé lidera o país desde que tomou o poder em 1994 como um grupo rebelde, depois de derrubar o Governo extremista da etnia hutu que desencadeou o genocídio desse ano, no qual foram mortos cerca de 800.000 tutsis e hutus moderados.

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