PR guineense não teme manifestações de opositores, mas avisa que "há regras"

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Sissoco Embalo falava hoje no ato de entrega de equipamentos sanitários ao ministério da Saúde Pública e no qual aproveitou para comentar os últimos desenvolvimentos políticos no país e em Portugal, por parte dos seus opositores.

Na segunda-feira, em Lisboa, duas plataformas políticas guineenses que representam cerca de 95% dos deputados no parlamento, assinaram um acordo político no âmbito do qual prometem convocar "manifestações populares" na Guiné-Bissau para resistir "à contínua violação da Constituição pelo Presidente".

O acordo foi assinado por Domingos Simões Pereira, líder da Plataforma Aliança Inclusiva (PAI- Terra Ranka), e Nuno Nabiam, coordenador-geral do Fórum para a Salvação da Democracia, que engloba o Partido da Renovação Social (PRS), Movimento para a Alternância Democrática (Madem G-15) e Assembleia do Povo Unido -- Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB).

"Que venham. Que saiam do aeroporto para o centro da cidade. Se precisarem mesmo mando oferecer-lhes água. Vocês conhecem essa gente. O Domingos não marchou aqui durante cinco anos quando o Presidente, Jomav [José Mário Vaz], estava na presidência", afirmou Embaló.

O Presidente guineense sublinhou que a manifestação é admitida no país, mas "há regras".

"Não há regras sem exceção", defendeu Umaro Sissoco Embaló.

O Presidente guineense aproveitou a ocasião para responder ao líder do Madem G-15, Braima Camará, que o acusou de estar a apoiar dirigentes no partido que querem realizar um congresso extraordinário, no sábado, contra a sua vontade.

Umaro Sissoco Embaló afirmou que Camará "pisou a linha vermelha" ao levar o Madem a assinar acordo político com o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), que lidera a PAI-Terra Ranka.

"Sentar na mesma mesa com o Domingos [Simões Pereira] a falar mal de altos dirigentes e fundadores do Madem é lamentável e inaceitável. Não se trata de inimigos, mas ver os dirigentes do PAIGC na sede do Madem ou vice-versa só se formos lá apresentar condolências um ao outro, mas até assinar acordos é a linha vermelha", declarou Sissoco Embalo.

O Presidente guineense reivindica ser membro fundador do Madem, estatuto que o coordenador do partido, Braima Camará não admite.

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