Práticos e consistentes

Acabou com muito sofrimento, mas o objetivo principal foi mesmo conseguido. Na receção ao Feirense, o Penafiel somou a segunda vitória consecutiva na II Liga (2-1), à boleia de dois golos conseguidos ainda no primeiro tempo e de uma etapa complementar de gestão e vários calafrios impostos pela turma de Santa Maria da Feira.

Exatamente com os mesmos pontos na parte baixa da tabela classificativa, desde cedo o Penafiel deu mostras de ser a equipa mais entrosada no capítulo ofensivo. Hugo Firmino e Adílio Santos, em lances bastante parecidos, despertaram as bancadas com os seus remates por cima da barra, numa fase embrionária onde a partida prometia um ritmo aberto.

Os minutos seguintes desmentiram tal prenúncio e as duas equipas permaneceram algo encaixadas nos respetivos sistemas táticos, ainda que na tentativa de impor a sua lei. Acabou por ser o Penafiel, num desenho perfeito nas imediações da área fogaceira: após receber um passe sobre a direita, Robinho cruzou na medida perfeita para o cabeceamento indefensável de João Oliveira.

O golo galvanizou os durienses e abalou a equipa de Ricardo Sousa e o resultado disso voltou a sentir-se com o dobrar do resultado. Diego Calai não foi capaz de defender o cabeceamento de Firmino para longe e Adílio Santos, oportunista, aproveitou para atingir as redes visitantes. A precisar de reagir, o Feirense reorganizou-se, mas foi incapaz de reduzir distâncias, numa altura em que Dudu tinha já entrado para a frente de ataque.

No regresso da ação, foi notória a forma como o Feirense procurou balancear-se na direção da equipa de Pedro Silva, tendo conseguido encurtar distâncias já depois do aviso sério deixado por Antoine, a partir de meia distância.

Pouco depois, o internacional haitiano viu Oche livre de marcação e soltou no colega de setor que, sem hesitar, disparou forte para o 2-1. Com cerca de 20' para serem jogados, o Penafiel teve de recolher as suas linhas em várias alturas desse período e os fogaceiros por pouco não chegaram à igualdade. Até ao apito final, Antoine viu Diogo Brito negar-lhe a festa