"Precisamos de dádivas mais regulares". Reservas de sangue A-, 0+ e 0- em "níveis críticos"

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Dia Mundial do Dador de Sangue

14 jun, 2024 - 11:12 • André Rodrigues

Lisboa e Vale do Tejo tem mais dificuldade em manter reservas sanguíneas estáveis do que o Norte, que é autossuficiente. Ainda assim, a Federação de Dadores Benévolos garante não está em causa a atividade dos hospitais.

As reservas dos grupos sanguíneos A negativo, zero positivo e zero negativo estão “em níveis críticos”, alerta na Renascença o presidente da Federação Portuguesa de Dadores Benévolos de Sangue (FEPODABES).

“Nós costumamos ter uma reserva em todos os grupos sanguíneos para 10 dias ou mais. Nestes três grupos não temos para esses 10 dias... andamos na casa dos quatro a cinco dias”, diz Alberto Mota.

O presidente da FEPODABES reconhece que o problema não é a falta de dadores – “são entre 280 mil e 290 mil” –, mas a irregularidade das doações: “precisamos de uma dádiva mais regular e não uma dádiva à espera destes apelos, ou à espera que se diga que há falta de sangue”.

Daí o apelo à população saudável com “mais de 18 e menos de 65 anos, com pelo menos 50 quilos”, para que dê sangue, sobretudo nos próximos dias, aproveitando as várias campanhas de recolha, por ocasião do Dia Mundial do Dador de Sangue.

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Lisboa dá menos sangue. Norte autossuficiente

A região de Lisboa e Vale do Tejo é a que tem mais dificuldade em manter a estabilidade das reservas de sangue, por ser, também, a mais irregular no número de dádivas.

Alberto Mota diz que, em parte, isso explica-se com o facto de haver cinco grandes hospitais, “onde caem doentes de diversos pontos do país, logo as necessidades são maiores”.

Diferente é o cenário no Norte do país que “é autossuficiente e, tradicionalmente, é uma zona que dá muito sangue”.

Ainda assim, o presidente da FEPODABES garante que, nesta altura, “não há qualquer serviço hospitalar que possa ser interrompido por falta de sangue”.

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