Preocupação europeia com comércio entre China e Rússia é "infundada"

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"A noção de que o envolvimento com a Rússia equivale a apoiar ações militares é fundamentalmente errada e distorcida", afirmou, em editorial, o Global Times, jornal de língua inglesa do grupo do Diário do Povo, o órgão central do Partido Comunista Chinês.

"A China não é nem criadora nem parte na crise ucraniana, pelo que é totalmente insustentável e irrazoável encarar as questões comerciais entre China e União Europeia no contexto" da guerra, frisou.

O editorial do Global Times surge após o vice-chanceler e ministro da Economia da Alemanha, Robert Habeck, ter afirmado, em Pequim, que o apoio da China à Rússia é a principal razão para a deterioração das relações económicas entre Berlim e Pequim.

"É também importante que a China, que apoia a Rússia nesta guerra, compreenda que os interesses de segurança alemães e europeus já são diretamente afetados por este conflito", disse Habeck, na abertura de um diálogo de alto nível China-Alemanha sobre alterações climáticas e transição verde.

A China afirma ser neutra no conflito, mas nunca condenou a invasão da Ucrânia pela Rússia e recebeu várias vezes o presidente russo, Vladimir Putin, no seu território, desde o início da guerra.

Pequim apela regularmente ao respeito pela integridade territorial de todos os países, o que implicitamente diz respeito à Ucrânia, mas também apela à consideração das preocupações de segurança da Rússia.

O Global Times frisou que as relações da China com a Rússia e com a Europa "são parcerias de cooperação normais que se desenvolvem independentemente uma da outra".

"É absolutamente absurdo sugerir que as relações económicas entre a China e a Europa não podem ser estreitas se as relações entre a China e a Rússia forem fortes", frisou o jornal.

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