O Bundestag elege então o chanceler, após semanas ou por vezes meses de negociações sobre coligações para formar o novo Governo.
O chanceler alemão, Olaf Scholz, anunciou que vai candidatar-se a um segundo mandato, mas o seu partido e os outros da coligação governamental tripartida têm visto a sua popularidade cair a pique devido a constantes lutas internas.
Scholz lidera desde dezembro de 2021 uma coligação tripartida entre os seus sociais-democratas de centro-esquerda (SPD), os Verdes e os Democratas Livres -- uma aliança que reúne partidos que não eram aliados tradicionais e que se tem notabilizado pelos frequentes conflitos internos, tendo, em diversas ocasiões, reaberto acordos políticos arduamente alcançados.
Na semana passada, os respetivos líderes chegaram a acordo sobre os pormenores do Orçamento do Estado para 2025, semanas depois de um acordo inicial ter ficado sem efeito devido a um novo conflito que prejudicou ainda mais a imagem do Governo.
As eleições para o Parlamento Europeu, em junho passado, produziram resultados desanimadores para os partidos da coligação governamental: o principal bloco conservador da oposição, a União CDU-CSU, obteve uma clara vitória e a Alternativa para a Alemanha (AfD), de extrema-direita, ficou em segundo lugar.
A CDU-CSU, que governou a Alemanha durante 16 anos, até 2021, com Angela Merkel como chanceler, não decidiu ainda quem será o seu candidato a disputar o cargo com Scholz nas eleições de 2025.
Tenciona fazê-lo após três eleições estaduais em setembro no antigo leste comunista, uma região em que a extrema-direita da AfD é particularmente forte.
No país, as eleições têm de realizar-se entre 46 e 48 meses após o início de uma legislatura. As últimas decorreram a 26 de setembro de 2021.
A Alemanha é o Estado-membro mais populoso da União Europeia (UE) e tem a maior economia da Europa.
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