Presidente da República evoca Jorge Sampaio passados três anos da sua morte

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"Passa hoje o terceiro aniversário do falecimento do Presidente Jorge Sampaio. O decurso do tempo só tem feito avultar as suas excecionais qualidades humanas e cívicas e o seu inesquecível serviço a Portugal", escreveu Marcelo Rebelo de Sousa, numa mensagem publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet.

Jorge Sampaio, que foi Presidente da República entre 1996 e 2006, morreu em 10 de setembro de 2021, aos 81 anos.

Quando lhe prestou homenagem, nas cerimónias fúnebres que tiveram lugar no claustro do Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa descreveu-o como alguém que "amou Portugal pela fragilidade" e "não pela força" e que "nunca que quis ser herói, mas foi".

Nascido em Lisboa em 18 de setembro de 1939, Jorge Fernando Branco de Sampaio morreu no Hospital de Santa Cruz, no concelho de Oeiras, distrito de Lisboa, onde estava internado desde 27 de agosto de 2021, na sequência de dificuldades respiratórias.

Jorge Sampaio foi um dos protagonistas da crise académica do início dos anos 60, que gerou um longo e generalizado movimento de contestação estudantil ao Estado Novo, e como advogado defendeu presos políticos durante a ditadura.

Depois do 25 de Abril de 1974, foi secretário-geral do PS (1989-1992), presidente da Câmara Municipal de Lisboa (1990-1995) e Presidente da República (1996-2006).

Após a passagem pela Presidência da República, Sampaio foi nomeado em 2006 pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) enviado especial para a Luta contra a Tuberculose e, entre 2007 e 2013, foi alto representante da ONU para a Aliança das Civilizações.

Presidia à Plataforma Global de Assistência Académica de Emergência a Estudantes Sírios, que fundou em 2013 para dar ajudar a resposta à emergência académica que o conflito na Síria criara, deixando milhares de jovens sem acesso à educação.

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