Primeiro caso em Portugal: Homem morre com Febre Hemorrágica da Crimeia-Congo

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23 ago, 2024 - 12:17 • Daniela Espírito Santo

Primeiro caso português detetado em Bragança. Doente não resistiu.

Foi detetado pela primeira vez em Portugal um caso de Febre Hemorrágica da Crimeia do Congo (FHCC). A informação foi avançada inicialmente pela SIC Notícias e posteriormente confirmada pela Direção-Geral de Saúde (DGS).

Em comunicado, a DGS confirmou que o caso remonta a 14 de agosto e diz respeito a um homem "com mais de 80 anos de idade, de nacionalidade e naturalidade portuguesa, residente no distrito de Bragança, que realizou atividades agrícolas durante o período de incubação". O doente teve "início de sintomas a 11 de julho" e acabou por falecer no Hospital de Bragança.

A doença só foi detetada após a morte. Na sequência, admite a DGS, foi feita uma investigação epidemiológica e identificados os contactos feitos pela vítima, que "não tinha histórico de viagem para fora do país", mas tinha "participado em algumas atividades ao ar livre na sua área de residência".

Na sequência do caso, a DGS adianta que está ainda a decorrer a "recolha de carraças no distrito". Apesar disso, o organismo "esclarece que não há risco de surto nem de transmissão de pessoa para pessoa, evidenciando que se trata de um caso raro e esporádico".

A doença tropical é contagiosa e transmitida pela picada de uma carraça infetada pelo vírus, "nomeadamente as da espécie Hyalomma lusitanicum e Hyalomma marginatum que se encontram dispersas em diferentes municípios do país". "O vírus que causa a Febre Hemorrágica da Crimeia-Congo (FHCC) não foi detetado, até agora, em carraças na rede de vigilância entomológica REVIVE, o que indica que o risco para a população é reduzido", adianta o comunicado da DGS, desta sexta-feira.

Mesmo assim, a DGS deixa algumas recomendações: "utilização de roupas de cores claras para que as carraças possam ser vistas e removidas mais facilmente; Uso de vestuário de mangas compridas, calças compridas e calçado fechado; Poderá ser, também, equacionada a utilização de repelente de insetos no vestuário e proteger a pele com produtos que contenham DEET (N,N-dietilm-toluamida), em áreas de risco".

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