O pedido de Donald Trump para que o Supremo Tribunal decida sobre a sua eventual imunidade está a manter em pausa o processo judicial, que deve ser julgado em Washington e que, caso se atrase no tempo, poderá não afetar a eventual candidatura do magnata republicano ou as eleições presidenciais de novembro de 2024.
Smith já tinha feito este apelo na semana passada e voltou hoje a fazê-lo, um dia depois de o próprio Trump ter pedido à mais alta instância judicial dos Estados Unidos para que ignorasse os pedidos do procurador especial, para não tomar uma decisão de forma acelerada ou imprudente.
A defesa de Trump pede que sejam cumpridos todos os procedimentos, incluindo a possibilidade de uma análise prévia por "pelo menos" um tribunal de recurso.
O procurador especial respondeu hoje aos advogados de Trump, sublinhando que é necessária uma decisão do Supremo Tribunal o mais rapidamente possível.
"A revisão imediata desta questão por parte deste tribunal é a única forma de alcançar a sua resolução atempada e definitiva" do caso, defendeu Smith.
Smith sublinhou também que "o interesse público numa pronta resolução deste caso" exige "uma decisão imediata e definitiva" do Supremo Tribunal.
"As acusações aqui são da maior gravidade", lembrou.
Trump é acusado de incitar o ataque violento ao Capitólio em 06 de janeiro de 2021 e enfrenta um processo por vários crimes, sendo o mais grave conspiração para obstruir a certificação da vitória eleitoral do democrata Joe Biden, enfrentando uma pena máxima de 55 anos de prisão.
O julgamento foi marcado para 04 de março de 2024 em Washington, um dia antes da "super terça-feira" [Super Tuesday, em inglês], o grande dia das eleições primárias em muitos estados.
A audiência pode ser adiada caso questões pendentes, como esta sobre a imunidade de Trump, não forem resolvidas pelo Supremo Tribunal, que tem maioria conservadora.
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