Professores do Colégio Manuel Bernardes fazem greve por melhores salários

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19 set, 2024 - 16:25 • Lusa

A greve foi decidida no início do mês e convocada pelo Sindicato de Todos os Profissionais de Educação (Stop).

Doze professores do Colégio Manuel Bernardes fizeram greve esta quinta-feira aos dois primeiros tempos da manhã para exigir aumentos salariais, mas nenhum aluno deixou de ter aulas, segundo a direção da escola lisboeta.

"Do universo de 104 professores, só 12 é que entenderam fazer greve. Nenhuma aula, porém, foi afetada", informou a gerência do Colégio Manuel Bernardes em resposta a jornalistas, explicando que as aulas dos professores em greve foram garantidas por outros docentes.

A greve foi decidida no início do mês e convocada pelo Sindicato de Todos os Profissionais de Educação (Stop), que explicou à Lusa os três motivos que levaram ao que considera ser uma "paralisação histórica por ser numa escola privada".

Esta quinta-feira, os professores reivindicaram uma "valorização salarial de, pelo menos, mais 200 euros mensais", disse André Pestana, do Stop, sublinhando que os docentes das escolas públicas "com o mesmo tempo de serviço têm salários mais elevados".

Em resposta escrita, a direção do Colégio garantiu que "remunera digna e adequadamente todos os seus docentes" e que "cumpre rigorosamente a contratação coletiva do setor do ensino privado", que foi negociada e acordada com sindicatos.

O colégio acrescentou ainda que no início deste ano letivo houve uma atualização salarial que representa um generalizado aumento médio de cerca de 4,2%.

Além disso, sublinhou a gerência, os professores e familiares têm direito a um seguro de saúde, as refeições são gratuitas para os docentes e há descontos nas mensalidades dos filhos e netos dos funcionários.

A direção do colégio considerou que as exigências do Stop são "irrazoáveis" e prometeu que "continuará a pugnar pela qualidade de ensino" e "pelas condições dignas dos seus docentes".

No entanto, André Pestana adiantou que outras duas reivindicações motivaram o protesto desta quinta-feira: Dar mais tempo aos professores que têm direção de turma e considerar como componente letiva o apoio aos alunos, "quando os professores têm mais do que uma criança, porque isso efetivamente corresponde a uma aula".

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