Projeto de dinamização do Estádio do Famalicão pode estar pronto em 3 anos

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Teve lugar, na tarde desta terça-feira, uma reunião entre o Presidente da Câmara Municipal de Famalicão, Mário Passos, e representantes da SAD do emblema homómino, incluindo Miguel Ribeiro, para limar as arestas sobre a proposta de construção e dinamização do espaço onde se encontra o Estádio Municipal. 

Após a mesma, Mário Passos esclareceu à comunicação social os detalhes já definidos do projeto, de forma a "desenvolver as atividades culturais e recreativas" encontradas através do potencial do território, cerca de 46 mil metros quadrados. 

"Resolvemos, através de uma decisão tomada em conjunto com o Famalicão e a SAD do clube, realizar um concurso público internacional pela convocatória de players externos para encontrarmos soluções para todo o terreno", revelou Mário Passos, salientando a vontade de alargar o parque de estacionamento, a lotação da capacidade para o dobro e dinamizar "outra zonas de interesse para a Câmara Municipal nas imediações do estádio". 

Contudo, o édil frisou que o "clube e a SAD, apesar de parceiros", têm pouca intervenção na construção e melhorias: "É uma obra feita em conjunto com a Liga Portugal e com o clube. Mas as entidades referidas não têm um papel propriamente interventivo na matéria. Queremos que se diga, daqui a 20 ou 30 anos, que foi um projeto e um estádio muito bem feito", vincou. 

O presidente do Famalicão, Miguel Ribeiro, manteve-se à margem de qualquer comentário exterior e só reiterou a confiança no projeto: "Além da obra, tenho uma confiança inabalável no Presidente e nesta solução. Isto é um processo maioritariamente municipal e, da minha parte, continuará a ser assim", refletiu. Recorde-se que, quando o Famalicão regressou ao 1º escalão do futebol português, em 2019/20, foi posto em perspetiva um aumento do Estádio Municipal através da intervenção da Câmara Municipal exclusivamente, enquanto o projeto de agora consiste em concessões da obra a elementos exteriores. 

À margem da reunião, Mário Passos estabeleceu um prazo para as obras se realizarem sem pôr em causa o facto da equipa continuar a jogar no recinto, assim como detalhes da obra com mais pormenores.

"Não abdicamos do estádio permanecer no mesmo local. Queremos manter o estádio no centro da cidade, porque estes têm de ser um espaço para que se contribua para o desenvolvimento do conselho. Queremos um estádio moderno, cómodo, funcional e novo, com uma capacidade para 10 mil lugares. Queremos um parque de estacionamento subterrâneo e uma espaço para a Câmara Municipal desenvolver algumas iniciativas da comunidade famalicense. Colocar comércio e serviços nas premissas também tem viabilidade económica. Não vamos alienar nenhum terreno, o que é uma excelente notícia", disse, revelando que "já faltou muito mais" para a conclusão da obra: "Gostaria que o concurso público fosse lançado até julho deste ano, depois haverá uma avaliação das melhores propostas e aí sim, assinaremos o contrato para o início da construção, portanto o estádio demorará cerca de dois anos a ser construído. Presumo que o Famalicão deva continuar a jogar no recinto e coloco a hipótese de, em três anos, termos o estádio, se as coisas correrem muito bem. Estamos esperançados que sim, até porque o mais difícil foi encontrar o caminho para melhorar a viabilidade económica". 

"Os presidentes ficaram obviamente agradecidos e há luz ao fundo do túnel. Agradeceram o esforço e o objetivo, já de muitas décadas, em finalizar esta obra", concluiu Mário Passos. 

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