Protetor mais eficaz no 'super' ou farmácia? Compare mais de 40 produtos

5 meses atrás 45

O uso de proteção solar é recomendado não só durante o verão, como também no inverno - no entanto, é quando as temperaturas sobem que este produto se torna mais utilizado.

Com o aproximar do verão, a DECO PROteste ativou um comparador onde colocou 41 protetores solares, e avaliou os produtos de supermercado e também os das perfumarias e farmácias.

De acordo com a avaliação feita pela organização "todos os protetores solares testados cumprem o fator de proteção anunciado FPS 30 e FPS 50 e 50+, no caso dos produtos infantis".

A DECO relembra ainda a importância do FPS, que pretende proteger a pele da radiação solar do tipo UVB, radiação que origina as queimaduras solares, e também da UVA. Tal como nota a organização, esta última radiação é "responsável pelo envelhecimento da pele, e que se manifesta por danos, como rugas, manchas escuras e outro tipo de pigmentação", assim como vários cancros de tipo cutâneo.

Mas, afinal, é melhor ir ao supermercado ou farmácia?

Segundo a análise dos especialistas, a ideia de que um produto com um preço maior vai proteger mais é para 'deixar em casa'. "Pode comprar os protetores solares no supermercado, mesmo para as crianças. Custam um terço do valor das marcas de farmácia e perfumarias, e são de boa e, por vezes, até de melhor qualidade", detalha a organização.

Mas é ainda deixado o alerta de que não só é preciso usar um bom protetor solar, como também utilizá-lo nas quantidades certas. E qual é ela? O "equivalente a sete colheres de chá no corpo e a uma colher cheia só para o rosto", doseiam.

E com que frequência?

Para além da quantidade certa a usar, é preciso também recolar o produto – idealmente a cada duas horas, ou quando for 'a banhos' – ainda que o escolhido avise que é à prova de água.

Em termos de prevenção, a DECO deixa ainda o conselho de que a informação pode também ser uma boa aliada no que diz respeito a prevenir problemas relacionados com o sol, que, nomeadamente, só se verificam anos depois de uma exposição prolongada.

Para isso, a organização aconselha a sociedade a se "habituar" a ver ao índice ultravioleta (IUV) diariamente, informação disponível no site do Instituto Português do Mar e da Atmosfera ou em qualquer aplicação de meteorologia. "Este índice mede a intensidade da radiação ultravioleta do sol num local. Varia entre zero (à noite, quando não há luz solar) e o nível extremo de 11, em que a exposição solar deve ser evitada a todo o custo. Quanto mais elevado for o IUV, maior será o potencial de danos para a pele e para os olhos, e menor o tempo de exposição necessário para que estes ocorram", explicam, advertindo: "Estima-se que 80% dos cancros de pele sejam originados pela exposição solar intensa, principalmente quando ocorrem escaldões".

Onde quer que seja: ‘spray’ ou loção?

Para além dos testes feitos pela DECO, houve ainda 30 consumidores que avaliaram cada um dos mais de 40 produtos e, sem ver a marca, avaliaram questões como o odor, textura, facilidade de aplicar, absorção e aspeto na pele.

Quanto à eficácia, a organização refere que todos os produtos são iguais, e que os consumidores demonstraram o "seu agrado" quando às duas formulações.

"As loções são mais espessas e cremosas, enquanto os sprays são mais leves e transparentes na pele", distinguem, reforçando: "Ambos são escudos eficazes contra as radiações e apreciados pelos consumidores. E são adequados para o corpo e o rosto".

No caso de um 'spray', no entanto, é preciso ter cuidado apenas com um aspeto: evitar a direção dos olhos, já que apesar de não ser perigoso, o contacto com os olhos pode causar irritação ocular. E se 'escapar' protetor para os olhos? "Numa situação deste tipo, passe os olhos por água e seque bem. Use óculos de sol para proteger os olhos", advertem.

"Os protetores em spray e loção com FPS 30 testados custam, fazendo as contas por 200 mililitros (as embalagens têm capacidades diferentes), entre 5 e 30 euros. Já as versões para criança chegam a custar mais de 80 euros. Ou seja, há marcas seis a oito vezes mais caras e que não são forçosamente melhores", lê-se.

E o ambiente?

Outra questão levantada pelos especialistas foi em relação ao ambiente, que continua a deixar espaço para melhorias. "Os melhores neste critério não passaram da mediania. Entre os principais problemas está o desperdício. Na maioria dos casos, não se consegue aproveitar o produto até ao fim. Com o Corine de Farme Spray Protetor Hidratação+ SPF30, o pior neste critério, quase um terço do produto fica retido no fundo da embalagem, o equivalente a um desperdício de 4 euros", explicam.

Foram ainda detetadas na análise substâncias com impacto negativo no ambiente, nomeadamente, octocrileno – um tipo de filtro solar, presente em três produtos com FPS 50+ – ou como o limoneno, uma fragrância alergénica. 

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