PS distribui flores como apelo ao voto e promete "mudança e estabilidade"

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Com a visita do secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, e com a presença da cabeça de lista do partido às eleições europeias de 09 de junho, Marta Temido, a comitiva da candidatura do socialista Paulo Cafôfo às regionais na Madeira contou com cerca de duas centenas de apoiantes e militantes nas ruas da cidade.

Desde o Mercado dos Lavradores até perto da Sé Catedral do Funchal, Pedro Nuno Santos encabeçou o cortejo do PS, que em vez dos tradicionais folhetos de apelo ao voto distribuiu gerberas de várias cores à população, inclusive a turistas, apresentando Paulo Cafôfo como "um grande candidato, com experiência governativa", quer como presidente da Câmara Municipal do Funchal, quer no Governo da República.

Apesar de 48 anos de poder do PSD na Madeira, o secretário-geral do PS procurou transmitir à população "muita confiança" numa mudança governativa na região: "Desta vez vai ser."

Com uma pequena banda sinfónica, a ação de campanha arrancou ao som do "Bailinho da Madeira" e dos parabéns a Paulo Cafôfo, que celebra hoje 53 anos de vida. Os músicos fizeram ecoar o apoio à candidatura, entoando "Nós só queremos Cafôfo a presidente" e "Graças a Deus, tudo vai mudar. Graças a Deus, o PS vai ganhar".

Com bandeiras brancas e vermelhas do PS e também da Região Autónoma da Madeira, a caravana distribuiu cumprimentos calorosos, desde beijinhos a abraços, assim como 'selfies'.

No percurso, assistiu à confeção de tapetes de flores e à exibição do bailinho da Madeira, mas nenhum dos socialistas arriscou ir dar um pezinho de dança.

A comitiva recebeu palavras de força e a confiança de que "tudo é possível" e ouviu-se até uma analogia com as recentes eleições no Futebol Clube do Porto, em que Pinto da Costa foi derrotado depois de 42 anos na presidência.

"Nós temos mesmo de mudar [a governação na Madeira] e todas as razões nós temos do nosso lado, para que, finalmente, ao fim de 48 anos, haja uma mudança que liberte a Madeira", afirmou o secretário-geral do PS, em declarações aos jornalistas.

Pedro Nuno Santos manifestou "muito orgulho" na escolha de Paulo Cafôfo como candidato, considerando que o mesmo não acontece por parte do PSD, tendo em conta a ausência do presidente dos sociais-democratas, Luís Montenegro, nesta campanha. Para o socialista, Montenegro tem "alguma vergonha" do candidato Miguel Albuquerque, atual presidente do Governo Regional e arguido num processo que investiga suspeitas de corrupção.

"Aquilo que a direita tem para oferecer na Madeira é confusão e aquilo que nós precisamos é de duas coisas na Madeira, que podem ser compatibilizadas e que só Paulo Cafôfo dá: mudança e estabilidade", apontou, criticando um possível acordo de governação entre PSD e Chega e recusando novas eleições regionais "daqui a dois meses ou daqui a quatro meses ou daqui a seis meses ou daqui a um ano".

O líder do PS assegurou que Cafôfo "será um grande presidente do Governo Regional da Madeira", esperando pelos resultados das eleições para ver a melhor forma de construir uma maioria de esquerda. Por outro lado, comprometeu-se em responder a "alguns problemas graves", que vão além dos casos que levaram à queda do Governo Regional, e realçou as áreas da saúde e da habitação, assim como a pobreza.

Catorze candidaturas disputam os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único: ADN, BE, PS, Livre, IL, RIR, CDU (PCP/PEV), Chega, CDS-PP, MPT, PSD, PAN, PTP e JPP.

Em 2023, a coligação PSD/CDS venceu sem maioria absoluta e elegeu 23 deputados. O PS conseguiu 11, o JPP cinco o Chega quatro, enquanto a CDU, a IL, o PAN (que assinou um acordo de incidência parlamentar com os sociais-democratas) e o BE obtiveram um mandato cada.

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