PS e PSD divergem sobre impacto de diminuição de impostos da AD

7 meses atrás 67

Luís Montenegro contrapôs que o custo da redução fiscal que propõe a Aliança Democrática (que junta PSD, CDS-PP e PPM) será de cinco mil milhões de euros, como está definido no cenário macroeconómico, e questionou a formação de economista de Pedro Nuno Santos, que, por sua vez, o acusou de impreparação para o cargo de primeiro-ministro.

Estas posições foram transmitidas no único frente a frente entre os dois antes das legislativas antecipadas de 10 de março, transmitido em simultâneo por RTP, SIC e TVI, e que decorreu no cineteatro Capitólio, em Lisboa.

"O que o PSD propõe é uma aventura fiscal que merece ser discutida, estamos a falar de um rombo acumulado nas contas de 16,5 mil milhões de euros só em impostos", acusou Pedro Nuno Santos.

"Não é verdade: são 3,5 mil milhões de euros em IRS, 1,5 mil milhões em IRC e mais 500 milhões de euros para isentar os prémios de produtividade", contrapôs Montenegro.

O líder socialista considerou que esse total de 5 mil milhões de euros será "em velocidade de cruzeiro", insistindo que a "perda acumulada em quatro anos será de 16,5 mil milhões de euros".

"Devia ter feito as contas, impõe-se a um candidato a primeiro-ministro fazer as contas", criticou Pedro Nuno Santos, acrescentando que depois forneceria as contas ao seu adversário político.

"É economista não é? O efeito da descida do IRS é imputado ao ano em que se verifica", respondeu Montenegro, com o líder do PS a argumentar que "se repete", e o presidente do PSD a negar tal efeito, considerando que Pedro Nuno Santos teria aqui cometido "um deslize maior".

Leia Também: Acordo com polícias? PS e PSD disponíveis, mas Pedro Nuno rejeita coação

Ler artigo completo