PSD promete negociar com polícias: "Ato imediato à posse do Governo"

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O presidente do Partido Social-Democrata (PSD), Luís Montenegro, avançou, esta quinta-feira, que irá "iniciar, ato imediato à posse do Governo" que espera liderar, "um processo negocial com as forças representativas dos polícias e dos guardas da Guarda Nacional Republicana (GNR), com vista a poder aferir qual é a possibilidade que teremos de quantificar a reparação da desigualdade que foi criada".

Montenegro esteve numa reunião "muito produtiva, muito participada e feita com espírito de diálogo", onde estiveram presentes representantes do setor das forças de segurança, que têm estado em protesto na última semana.

"O meu compromisso não é hoje concreto, do ponto de vista quantitativo, porque me parece que em vésperas de eleições este não é o modelo de negociação. As próprias contas não estão evidenciadas", alertou, no entanto, em declarações aos jornalistas, citado pela RTP.

Afirmou, sim, que "esse compromisso está, portanto, assumido, não está quantificado nem pode estar enquanto não tivermos rigor absoluto no custo que esta medida poderá comportar".

"Depois, mediante isso, podemos tomar uma decisão que pode ser gradual, que pode ser projetada de acordo com as possibilidades", concluiu.

Nas mesmas declarações, Montenegro aproveitou para atirar farpas ao Executivo de António Costa. "Há razões para mudar de Governo e dizer que o Partido Socialista (PS) deixou o país bem pior do que aquilo que foram as condições em que o recebeu e muito pior do que aquilo que tem dito nas suas intervenções", atirou, lamentando: "O Governo perdeu oito anos para poder resolver questões como esta".

"Aquilo que recebi de informação por parte dos representantes dos sindicatos e das associações da PSP e da GNR é que, basicamente, durante estes oito anos, não foi feito nada para valorizar a condição policial destes profissionais e a sua posição remuneratória", argumentou.

Montenegro disse, também, que esta situação, bem como a que se vive noutros setores de atividade do país, "traça um retrato, no âmbito da Administração Pública, que é deveras preocupante".

"Estamos com dificuldade em atrair e reter para a Administração Pública bons profissionais e maior de valorizar as suas carreiras. Tendo-nos sido vendido que Portugal estava num ciclo de desenvolvimento e prosperidade, é uma grande contradição", concluiu.

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