PSI com diminuição mensal de 1,2% em janeiro e Mota-Engil lidera, avança Maxyield

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A banda de variação mensal do PSI oscila entre a subida de 34,6% da Mota-Engil e a queda 18,8% da EDP Renováveis, revela a Maxyield.

O PSI terminou o mês de janeiro de 2024 com o valor de 6.322,8 pontos, que significa uma diminuição mensal de 1,2%, num contexto de crescimento dos mercados norte-americano e europeus.

A banda de variação mensal do PSI oscila entre a subida de 34,6% da Mota-Engil e a queda 18,8% da EDP Renováveis, revela a Maxyield.

No mês de janeiro, sete das sociedades cotadas do PSI tiveram crescimento mensal das suas cotações, envolvendo a Mota-Engil (34,6%), a Galp (9,6%), a Navigator (7,7%), a Semapa (6,7%) os CTT (5,4%), a Corticeira Amorim (3,4%) e a NOS (2,5%).

Paralelamente, verifica-se que oito sociedades sofreram quebra das cotações em janeiro, com particular relevo dos sectores energético e retalhista. O ranking mensal das oito sociedades com queda de valor envolve a EDP Renováveis (-18,8%), a EDP (-9,1%), a Jerónimo Martins (-8,5%), a REN (-2,2%), a Altri (-1,7%), o BCP (-1,6%), a Greenvolt (-1,2%) e a Sonae SGPS (-0,9%).

A Ibersol manteve o seu valor inalterado entre o início e o fim de janeiro.

Verifica-se uma volátil evolução crescente nos primeiros dez dias do mês, seguindo-se uma trajetória descendente, refere a Maxyield. “Este comportamento do PSI em janeiro é contrário à tendência dos mercados europeu e norte-americano, que após uma estabilização na primeira quinzena do mês, apresentam uma trajectória crescente”, refere a Associação de Pequenos Acionistas.

“Nesta evolução em contraciclo com os mercados europeu e norte-americano, o PSI não teve força mensal para acompanhar os seus principais índices”, acrescenta a Maxyield.

No entanto, avança a associação, “o PSI termina o mês de janeiro na faixa de variação [6.300- 7.750 pontos], para a qual entrou em novembro de 2023, reportando-nos para máximos ocorridos em 2014 e níveis atingidos há dez anos.”

“Merece uma referência especial, a quebra do o seu nível de suporte em diversas sessões no mês de janeiro, correspondente ao limite inferior daquele intervalo”, acrescenta.

Ao quebrar o nível de suporte regressou pontualmente à anterior faixa de variação [5.750 – 6.300 pontos], que constituiu o posicionamento dominante em 2022 e 2023, assim como um referencial para níveis atingidos há oito anos.

Evolução homóloga do PSI

A evolução homóloga do PSI compara o índice e cotações observadas no final da sessão do último dia útil de janeiro deste ano, com os valores finais de idêntico mês do ano anterior. “A variação homóloga do PSI foi de 7,4%, que suporta o confronto com o benchmark europeu, mas fica aquém dos principais índices norte-americanos”, diz o comunicado.

Na comparação anual, o top five de maior crescimento homólogo envolve o ranking Mota-Engil (213,5%), o BCP (38,3%), a  Navigator (18,9%), a Semapa (18%) a Galp (16,2%).

A Maxyield diz que se verifica que apenas cinco sociedades apresentam uma diminuição homóloga de valor, envolvendo a EDP Renováveis (-24,5%), a REN (-9,9%), a EDP (-9,1%), a Sonae SGPS (-4,2%) e a Altri (-2,3%).

Sem surpresa, a Mota-Engil ocupa de forma destacada a liderança do crescimento das cotações do universo  empresarial PSI, seguindo-se o BCP.

“A variação homóloga confirma o fraco desempenho do sector energético, para o qual contribuem o  desempenho comercial, nível de endividamento e influência negativa do aumento das taxas de juro”, refere a Maxyield que acrescenta que as “papeleiras evidenciam um comportamento menos depressivo, relativamente ao passado recente,  influenciado por melhores condições de contexto relativo à atividade empresarial”.

A Galp beneficia do nível de preço do crude e perspectivas de evolução, bem como as condições de exploração na Namíbia.

Os retalhistas Jerónimo Martins e a Sonae SGPS, que no seu conjunto têm um peso de 17,9% no PSI, apresentam um comportamento oposto, com claro prejuízo para a Sonae, conclui a análise.

Olhando para os mercados de capitais internacionais, verifica-se que o índice S&P 500, composto pelas maiores 500 sociedades cotadas na NYSE, sofreu um crescimento em 2023 de 24% e iniciou o ano de 2024 com um aumento de 1,6% em janeiro.

Já o índice tecnológico americano Nasdaq apresentou um aumento anual de 43% em 2023 e iniciou o ano de 2024 com um crescimento de 1% no mês de janeiro. “Estes índices apresentam um robusto crescimento homólogo”, constata a associação.

“Os índices Nasdaq e S&P 500 entraram na situação de bull market respetivamente nos meses de maio e junho de 2023″, lembra a Maxyield.

“O crescimento do mercado bolsista nos EUA está centrado nas tecnológicas com elevada capitalização bolsista, sendo premente conhecer o comportamento da variedade de sectores da América Corporativa, centrada nas empresas de menor capitalização e sem a escala das gigantes que integram o S&P 500 e o Nasdaq, através da análise do índice Russell 2000”, acrescenta.

O índice Russell 2000 após um um crescimento de 15% em 2023, apresenta uma diminuição de 3,9% e um fraco crescimento homólogo, no mês de janeiro deste ano, destaca a Maxyield.

Apesar do crescimento das tecnológicas com elevada capitalização bolsista, resiliência do mercado laboral e crescimento assinalável do PIB norte-americano, a manutenção das elevadas taxas de juro está a penalizar um grande tecido da América Corporativa, sendo que os bancos regionais continuam a refletir esta situação, é a conclusão da análise.

O índice europeu Stoxx 600, que agrega as 600 maiores sociedades cotadas, registou um crescimento anual de 13% em 2023 e um aumento de 1,4% no mês de Janeiro, “mantendo-se na trajetória do bull market iniciado em fevereiro do ano anterior”.

“O S&P 500, o Nasdaq e o Stoxx 600 registaram nos meses de agosto, setembro e outubro de 2023 quebras significativas, tendo invertido essa trajetória com um rally bolsista nos meses de novembro e dezembro”, acrescenta.

“Os mercados francês e alemão sofreram novo impulso em janeiro e apresentam um significativo crescimento homólogo”, acrescenta a associação, realçando que o índice londrino FTSE 100, que terminou 2023 com um crescimento anual de 4%, sofreu uma quebra de 1,3% em janeiro e apresenta uma diminuição homóloga”, adianta a associação.

Com exceção do mercado japonês, os principais índices asiáticos sofreram em janeiro fortes quebras mensais e homólogas. “As dificuldades da ‘bazuca’ chinesa para acelerar o crescimento económico, comportamento do sector imobiliário e dificuldades de instituições financeiras ajudam a explicar o desempenho bolsista negativo. Merece destaque o comportamento do Japão com assinalável ritmo de crescimento mensal e homólogo em janeiro com o mérito de ter contrariado a tendência internacional de quebra do período agosto a outubro de 2023”.

A Maxyield diz ainda que o MSCI Emerging Markets, índice composto pelas maiores 1.386 sociedades de 24 países com mercados emergentes, teve em 2023 um crescimento anual de 6,8%, num contexto de forte evolução errática e volátil, com uma trajetória a partir do mês de agosto semelhante à generalidade dos mercados internacionais.

A Maxyield acompanha a evolução mensal de onze importantes sociedades do IBEX 35. O índice espanhol, em janeiro, “encontra-se estagnado com uma ligeira quebra mensal de -0,2% e um crescimento homóloga de 11,6% que fica acima do benchmark europeu e do PSI”.

A nível de comportamento mensal destaca-se positivamente a Repsol, sector bancário, serviços (comunicação, e seguros) e rede elétrica.

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