PSI destaca-se a nível mundial em 2023 com ganhos em três anos consecutivos

9 meses atrás 62

O PSI ganhou 12% no ano que está a acabar e nem foi dos mais exuberantes a nível europeu. No entanto, o índice que mede o desempenho das bolsas mundiais coloca a bolsa portuguesa num patamar a que poucos chegaram em 2023.

O PSI está longe de ser um dos mais exuberantes a nível europeu mas com o balanço de 2023 a ser conhecido, entrou no restrito clube dos índices mundiais que estão a registar ganhos há três anos consecutivos, de acordo com a estimativa do índice que mede o desempenho das bolsas globais, refletido no relatório do BA&N Research Unit.

O MSCI All Country World Index estima que o PSI tenha ganho 12% em 2023 e que apesar de ter ficado “aquém de outros índices mundiais”, de acordo com a análise do BA&N Research Unit, o índice português “consegue o feito de ser dos poucos em todo o mundo
a marcar três anos seguidos de ganhos”.

Numa nota mais negativa, estes analistas realçam que “por outro lado, enquanto a maioria dos índices negoceia encostado a máximos históricos, o índice português tem de duplicar para chegar ao pico fixado há mais de 20 anos”.

Apesar de uma série de contrariedades que poderiam ter feito de 2023 um ano pouco fulgurante para as bolsas mundiais, uma análise da BA&N Research Unit determina que o período que agora se encerra foi o melhor desde 2019 para os mercados acionistas.

A conclusão surge a partir do MSCI All Country World Index, que mede o desempenho das bolsas globais e está a acumular 20% desde o início do ano. As ações dos EUA e do Japão fazem com que estes dois índices sejam os principais impulsionadores do MSCI, com ganhos em torno de 25%.

Na Europa, essa evolução foi mais contida com o Stoxx600 a valorizar 13% em 2023, um desempenho que o PSI acompanhou muito perto com um crescimento de 12%. Na região destacaram-se as bolsas de Madrid (28%), Milão (26%), Frankfurt (20%) e Paris (16%), enquanto a bolsa de Londres dececionou (4%).

Explica a BA&N que “a generalidade dos índices mundiais conseguiu apagar as perdas fortes sofridas em 2022, apesar dos diversos ventos contrários, como a subida agressiva das taxas de juro, desempenho dececionante da economia chinesa, duas guerras e uma crise grave na banca regional dos Estados Unidos que precipitou o colapso do Credit Suisse”.

Assim, explicam estes analistas que a resiliência da economia global (sobretudo Estados Unidos) e as expectativas de fim de ciclo na subida de juros geraram otimismo nos mercados acionistas, que foram impulsionados sobretudo pelas grandes tecnológicas norte-americanas”.

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