PSI em alta a meio do dia por conta da energia. EDP Renováveis dispara 7%

10 meses atrás 89

Energia beneficia fortemente o índice de referência português depois da União Europeia ter anunciado que chegou a acordo sobre a reforma do mercado europeu de eletricidade.

A Bolsa de Lisboa sobe 1,29% para 6.540,39 pontos a meio da sessão desta quinta-feira, com a energia a protagonizar a negociação de hoje depois de a União Europeia (UE) ter chegado a um acordo sobre a reforma do mercado europeu de eletricidade.

A EDP Renováveis é a cotada que mais reflete o otimismo espoletado pelo acordo provisório da UE, disparando agora 7,17% para 18,15 euros, seguida da EDP, que avança 3,82% para 4,621 euros. Ainda no sector energético, a Greenvolt valoriza 3,32% para 7,630 euros, a Galp ganha 1,39% para 13,47 euros e a REN sobe 1,03% para 2,455 euros.

Do lado dos ganhos encontram-se, também, a Corticeira Amorim e os CTT, com valorizações de 1,08% para 9,32 euros e 1,28% para 3,56 euros, respetivamente, bem como a Jerónimo Martins (+1,45%; 23,80 euros), a Sonae (+1,88%; 0,9225 euros), a NOS (+1,43%; 3,27 euros), a Mota-Engil (+1,07%; 4,265 euros), a Semapa (0,45%; 13,28 euros) e a The Navigator (+0,44%; 3,652 euros).

Em contracorrente, o BCP tomba 3,38% para 0,2912 euros e a Altri perde 0,38% para 4,730 euros.

As bolsas europeias seguem em ambiente de otimismo, na antecâmara das decisões de política monetária do Banco de Inglaterra e BCE. As comunicações da Fed ao final da tarde de ontem trouxeram grande entusiasmo. Apesar de o banco central norte-americano ter mantido a taxa de juro diretora para os EUA nos 5,25%-5,50%, confirmou que 2024 será um ano de redução de juros, referindo que a inflação está a descer como desejado, ainda que se encontre acima da meta de longo prazo, tendo cortado as estimativas de crescimento económico para o próximo ano”, explica Ramiro Loureiro, analista de mercados do Millennium Investment Banking, acrescentando que a referida “comunicação está a fazer descer os juros da dívida soberana e gera por isso entusiasmo nos índices de ações”.

Por mercados, o francês CAC é o que mais sobe, a valorizar 1,17% para 7,619.12 pontos, seguido do espanhol IBEX, que avança 1,10% para 10,207.51 pontos. Na Alemanha, o DAX sobe 0,62% para 16,869.75 pontos.

À imagem do que a Reserva Federal norte-americana (Fed) determinou ontem, o Banco de Inglaterra (BoE) anunciou hoje que optou novamente por deixar os juros inalterados em dezembro. Os juros diretores para a economia britânica mantêm-se, então, em 5,25%, ou seja, máximos de 15 anos.

“Como reações temos alguns bancos da Zona Euro cujas projeções dos analistas apontam para rentabilidades (ROE estimado) elevadas em 2024, a serem possivelmente mais castigados pela crença dos investidores de que num ambiente de descida de juros seja mais difícil alcançar tal patamar. De notar que muitos desses bancos, onde se inclui o BCP e Unicredit, registam ganhos muito acentuados este ano”, analisa.

Sobre o BCP, Ramiro Loureiro sublinha que o valor de mercado do banco liderado por Miguel Maya, “que recua mais de 3,5% hoje, quase duplicou mesmo considerando esta correção atual”.

No mercado petrolífero, o barril de crude sobe 2,13% para 70,95 dólares e o de brent avança 2,11% para 75,83 dólares.

Ler artigo completo