PSP e GNR? "Governo criou um problema, tem obrigação de o resolver"

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A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Mariana Mortágua, reiterou, esta quinta-feira, que as forças de segurança “têm toda a razão nas suas reivindicações”, tendo considerado que o Governo foi o responsável por uma diferenciação que, agora, tem a “obrigação” de colmatar.

“Este problema foi criado pelo Governo. As forças policiais têm toda a razão nas suas reivindicações; quer as reivindicações salariais, de condições de trabalho, quer a reivindicação de subsídio de risco. O Governo criou uma diferenciação e ignorou essas reivindicações ao longo de demasiado tempo. E, por isso, o Governo tem a obrigação de responder a estas reivindicações, que são justas”, começou por dizer a bloquista, durante uma visita ao Liceu Camões, em Lisboa.

A líder do BE salientou ainda que o seu partido luta por todos os “serviços essenciais [que] fazem parte da democracia”, incluindo as forças de segurança.

“Lutamos por salários dignos e que correspondam ao trabalho das pessoas das forças de segurança, como lutamos na escola pública, como lutamos no Serviço Nacional de Saúde (SNS), porque todos estes serviços essenciais fazem parte da democracia. O Governo criou um problema, tem obrigação de o resolver”, disse.

Recorde-se que os elementos Polícia de Segurança Pública (PSP) e da Guarda Nacional Republicana (GNR) exigem um suplemento idêntico ao atribuído à Polícia Judiciária, estando há quase quatro semanas em protestos numa iniciativa de um agente da PSP em frente à Assembleia da República, em Lisboa, que depois se alargou a todo o país.

A maioria dos protestos tem sido convocados através das redes sociais, nomeadamente telegram, surgindo nos últimos dias um movimento inorgânico chamado 'movimento inop' que não têm qualquer intervenção dos sindicatos, apesar de existir uma plataforma que congrega sindicatos da PSP e associações da GNR, criada para exigir a revisão dos suplementos remuneratórios nas forças de segurança.

Esta plataforma, que organizou duas manifestações em Lisboa e no Porto e consideradas as maiores de sempre, escreveu no sábado ao primeiro-ministro sobre a "situação limite" dos profissionais que representam, alertando para um eventual "extremar posições" perante a "ausência de resposta" do Governo.

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