De acordo com avaliações dos serviços secretos norte-americanos, sul-coreanos e ucranianos, a Coreia do Norte terá deslocado de 10.000 a 12.000 soldados para a Rússia
O Presidente da Rússia recebeu a ministra dos Negócios Estrangeiros (MNE) da Coreia do Norte numa altura de alertas sobre o envio de tropas norte-coreanas para ajudar Moscovo a combater a Ucrânia.
“O Presidente Putin recebeu no Kremlin a ministra dos Negócios Estrangeiros norte-coreana, Choe Son-hui, que se encontra na Rússia em visita de trabalho”, disse esta segunda-feira o porta-voz da presidência russa.
Segundo a agência espanhola EFE, Dmitri Peskov não deu mais pormenores sobre o encontro.
A reunião ocorre dias depois de a chefe da diplomacia norte-coreana ter afirmado, durante um encontro com o homólogo russo, Serguei Lavrov, que Pyongyang apoiará Moscovo “até à vitória” na guerra contra a Ucrânia.
Choe sublinhou que, desde o início da “operação militar especial” – a designação do Kremlin para a guerra na Ucrânia -, o líder norte-coreano, Kim Jong-un, “deu instruções para apoiar resolutamente o exército e o povo russos na sua guerra santa”.
“Sob a sábia liderança do respeitado Presidente da Federação Russa, Vladimir Putin, o exército e o povo russos alcançarão certamente uma grande vitória na sua luta justa para proteger os direitos soberanos e os interesses de segurança do seu Estado”, acrescentou.
A visita de Choe à Rússia surge no meio de informações de que soldados da Coreia do Norte estão na região de Kursk prontos para entrar em combate com as tropas ucranianas que ocupam parte daquela região russa desde agosto.
A Coreia do Norte e a Rússia não confirmaram explicitamente o destacamento norte-coreano, mas argumentaram que a sua cooperação militar está em conformidade com as leis internacionais.
De acordo com avaliações dos serviços secretos norte-americanos, sul-coreanos e ucranianos, a Coreia do Norte terá deslocado de 10.000 a 12.000 soldados para a Rússia.