Pyongyang quer alterar Constituição para acabar com ideia de reunificação

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A sessão plenária da Assembleia Suprema do Povo ocorre nove meses depois de o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, ter apelado para uma revisão da Lei Fundamental do país para definir a Coreia do Sul como "inimigo principal e imutável" da Coreia do Norte.

Assim, está previsto que na terça-feira sejam apresentados os primeiros resultados das conversações mantidas naquela câmara durante a jornada.

Kim defendeu em várias ocasiões a necessidade de "definir as relações intercoreanas como as de dois Estados hostis um ao outro" e de pôr de lado eventuais opções de reconciliação ou unificação dos dois territórios, que continuam oficialmente em guerra desde a década de 1950.

Sublinhou, portanto, a importância de alterar a Constituição durante as sessões plenárias desta semana, das quais espera que saia também a definição de fronteiras marítimas, embora não tenha fornecido mais pormenores sobre esse aspeto, segundo a agência noticiosa norte-coreana KCNA.

O Ministério da Unificação da Coreia do Sul indicou estar previsto que a Coreia do Norte denuncie todos os acordos políticos e militares intercoreanos, incluindo o Acordo Básico alcançado em 1991, que definiu como "especial" a relação entre as duas partes, criadas com a ideia de uma futura reunificação do território.

As autoridades poderão também aproveitar a ocasião para ratificar a sua nova parceria com a Rússia, numa altura em que as relações entre as duas partes se reforçam, num contexto de plena invasão russa da Ucrânia.

Em junho passado, Kim encontrou-se com o Presidente russo, Vladimir Putin, com quem assinou um tratado que inclui uma cláusula de defesa mútua e uma maior cooperação em questões militares.

Desde a adoção da sua Constituição, em 1972, a Coreia do Norte introduziu uma dezena de alterações ao texto, que foi revisto pela última vez em setembro de 2023 para introduzir uma política de reforço nuclear.

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