Qatar? Senador dos EUA enfrenta novas acusações de corrupção

8 meses atrás 77

As autoridades norte-americanas modificaram esta terça-feira a acusação contra o senador e a sua mulher, Nadine Arslanian, acusados de receberem subornos para beneficiar o Egito, para indicar que o senador também agiu em benefício do Qatar, em troca de presentes.

O senador de Nova Jersey foi acusado em 22 de setembro, juntamente com a sua mulher e os empresários que alegadamente o subornaram - Wael Hana, José Uribe e Fred Daibes -- e foi posteriormente acusado de atuar como "agente estrangeiro" para o Egito.

O novo documento indica que o alegado esquema decorreu entre dezembro de 2020 e 2023, mais tempo do que o inicialmente estimado, e que o Daibes procurava "milhões de dólares em investimento de um fundo ligado ao Governo do Qatar".

Entre outras coisas, é referido que Menéndez participou num evento em Manhattan, organizado pelo Governo do Qatar, com Daibes e depois o empresário ofereceu-lhe relógios de luxo no valor de quase 24 mil dólares, antes de sugerir que apoiasse uma resolução no Senado favorável ao Qatar.

Em 2023, a Qatari Investment Company firmou uma 'joint venture' [empreendimento conjunto] com uma empresa controlada por Daibes e investiu dezenas de milhões de dólares no projeto.

Menéndez "continuou a receber coisas de valor" daquela empresa, incluindo vários bilhetes o Grande Prémio de Miami de Fórmula 1, refere a acusação.

A justiça norte-americana indicou que o senador aceitou presentes de Daibes sabendo que este esperava que o democrata "influenciasse o processo federal pendente" contra o empresário, acrescentando que aceitou e tentou satisfazer esse pedido.

O político declarou-se inocente de todas as acusações até agora, tal como os outros arguidos, e renunciou ao cargo de presidente da Comissão de Negócios Estrangeiros, embora mantenha o seu assento, apesar dos apelos do seu partido para que renuncie.

O início do julgamento está marcado para 06 de maio de 2024.

Na Europa, o Ministério Público Federal belga conduz há vários meses uma investigação em larga escala sobre alegadas tentativas do Qatar de influenciar as decisões económicas e políticas do Parlamento Europeu, pagando grandes quantias de dinheiro ou oferecendo presentes a pessoas que ocupam uma posição política ou estratégica dentro e perto do hemiciclo europeu.

Marrocos também surge nesta investigação, com uma possível tentativa de corrupção liderada pela sua agência de inteligência -- DGED -- e pelo seu embaixador na Polónia, Abderrahim Atmoun.

Qatar e Marrocos negaram veementemente nos últimos meses que estivessem na origem de qualquer esquema de corrupção.

Esta investigação conduziu, em dezembro de 2022, a uma onda de detenções e à apreensão em Bruxelas de malas e sacos contendo 1,5 milhões de euros em dinheiro.

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