“Quando os países se focam nos números, as prioridades não são os seres humanos”, defende diretora portuguesa na ONU

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“O desafio é que conheçam as tendências demográficas da sua população e preparar o país para isso. Quando os países se focam nos números, a prioridade não são os seres humanos e o impedimento vem sempre no corpo de uma mulher”, defendeu Mónica Ferro, diretora do Fundo da População das Nações Unidas (UNFPA) em Londres, no Forbes Annual Summit 2023: Empower the Future.

Um país que se foca nos números não está preocupado com as pessoas. A ideia foi defendida esta terça-feira por Mónica Ferro, diretora do Fundo da População das Nações Unidas (UNFPA) em Londres.

O Forbes Annual Summit 2023: Empower the Future tem lugar esta terça-feira, sendo que este é um evento que reúne decisores políticos, empresários e académicos, para debater o papel da inovação para um futuro mais justo e mais sustentável. Sob o tema “Um mundo em mudança acelerada”, o tema foi desenvolvido por Mónica Ferro, diretora do Fundo da População das Nações Unidas (UNFPA) em Londres.

“Temos o mundo numa mudança profundamente acelerada. Na década de 90 tivemos várias conferências que foram “ground breaking”. O que é que estas pessoas que estiveram nestas conferências pensariam do mundo hoje? Mas aqui um referencial de estabilidade que são as Nações Unidas”, defendeu esta responsável.

“Em 2024 vão haver 60 processos eleitorais: Índia, EUA e União Europeia: dois mil milhões de pessoas a votar. Em muitas destas eleições está em jogo as políticas demográficas e o potencial para se gerar mitos e a violação de direitos humanos. Somos 8 mil milhões de pessoas neste planeta e de cada vez que subimos nesse número, a dúvida é se o planeta chega para todos. A população já não está a crescer mas vamos chegar aos 10 mil milhões em 2050 e a partir daí, vamos estabilizar”, defendeu a portuguesa que é diretora na ONU.

Mónica Ferro, diretora do Fundo da População das Nações Unidas (UNFPA) em Londres., realçou que “os países não podem pensar que podem martelar o número de habitantes nos seus países. O desafio é que conheçam as tendências demográficas da sua população e preparar o país para isso. Quando os países se focam nos números, a prioridade não são os seres humanos e o impedimento vem sempre no corpo de uma mulher”.

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