Quase um em cada quatro consumidores cancelaram subscrição de ‘streaming’ num ano

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A principal razão para o cancelamento é a assinatura ser demasiado cara (23%), de acordo com o inquérito “Digital Consumer Trends 2023”, elaborado pela consultora Deloitte.

O streaming ainda é um dos serviços preferidos dos consumidores, mas a contração também atinge este mercado. Quase um em cada quatro (23%) cancelou uma subscrição paga de um serviço de subscrição de vídeo num ano, concluiu um estudo global da Deloitte, que envolveu Portugal.

A principal razão para o cancelamento é a assinatura ser demasiado cara (23%), de acordo com o inquérito “Digital Consumer Trends 2023”, realizado no verão passado e divulgado em Portugal esta terça-feira.

“O serviço de streaming de vídeo mais popular é a Netflix, com 41% dos inquiridos a utilizarem este serviço. No entanto, a popularidade desta plataforma desceu em Portugal: este número representa uma descida de 12 pontos percentuais em relação à última edição do estudo, o que pode estar relacionado com a tentativa da Netflix de eliminar a partilha de palavras-passe”, lê-se no relatório.

Adeptos da tecnologia, quase metade dos utilizadores de smartphones (48%) afirmaram ter rede 5G no telemóvel, sendo que três em cada cinco (60%) acha que a experiência de internet móvel de quinta geração é melhor do que 4G, segundo a análise que envolveu a 27.150 entrevistas feitas em junho de 2023.

Todavia, as opiniões no que diz respeito à partilha de dados. Por exemplo, a amostra de mil portugueses mostrou-se disponível para partilhar dados médicos monitorizados pelos gadgets à sua equipa médica, mas pouco apta a divulgar localização ou outras informações às autoridades.

Por outro lado, entusiasma-se com as soluções de identidade digital, com quase metade a dizer que gostaria de utilizar o smartphone para aceder aos dados do seu bilhete de identidade (45%) ou da sua carta de condução (42%), o que é possível com a aplicação eGov.

Outras das conclusões é que três em cada cinco participantes (60) garante conhecer pelo menos uma ferramenta de Inteligência Artificial (IA) generativa, sendo que a mais comum é o ChatGPT (54%). Do universo que conhece e utilizou, a maioria (74%) foi por motivos pessoais, 40% por profissionais e 31% no contexto educativo.

Preocupante é ainda o facto de mais de metade (56%) dos portugueses achar que esta tecnologia vai reduzir o número de empregos no futuro. Só que dois em cada cinco (40%) utilizadores mostraram-se dispostos a pagar por uma ferramenta de IA generativa para obter respostas mais rápidas e estar mais disponíveis para tarefas que exijam mão humana.

“Os avanços tecnológicos acontecem a uma velocidade cada vez maior, e os consumidores estão a acompanhar esta mudança. Um dos exemplos é a IA generativa. Contudo, apesar de os dados nos indicarem que uma parte dos consumidores perdeu o interesse após a sua ‘explosão’ inicial, o potencial transformador desta inovação continua a ser motivo de entusiasmo, mas também de alguma preocupação”, alerta Pedro Tavares, partner da Deloitte.

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