Quem quer mandar na PJ?

2 meses atrás 78

O interinato no exercício de funções públicas é uma das piores coisas que pode acontecer nas instituições. Determina adiamentos, cria impasses, congela o poder de decisão, abre vazios para todo o tipo de oportunismos. A Direção Nacional da Polícia Judiciária está em gestão há quase dois meses e isso é inexplicável. A atual direção, liderada por Luís Neves, recuperou a instituição da morte por asfixia de meios e pessoas. Aceitou o complexo ónus de resolver a crise do SEF. Mantém os níveis operacionais elevados na repressão do crime violento. Relançou o combate ao crime económico, não olhando a quem, e isso talvez seja um problema para algumas pessoas da atual maioria política. Elevou o padrão de polícia científica a um patamar que granjeia o respeito internacional. É um interlocutor prestigiado em matéria de investigação do tráfico internacional de droga. Para o Governo da AD, tudo isso não chega. Talvez necessite de um homem ou mulher que sejam seus. Da sua cor, visita de casa e das clientelas que se mexem em busca de um maior controlo do sistema judicial. Os nomes a circular e a erodir o poder de quem lá está são muitos. Correspondem a cenários diversos, como o de entregar a polícia aos juízes ou ao MP. Ou, ainda, de entregá-la a algum polícia mais próximo dos impulsionadores do manifesto de Rui Rio. Uma tragédia que todos pagaremos caro.

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