Um presidente que não tenha problemas com os filhos, que atire a primeira pedra. Num país onde ultimamente se batem recordes quase todos os dias, nunca antes um filho de um presidente se tinha sentado no banco dos réus.
Hunter Biden, filho de Joe Biden, sentou-se e quando se levantou era culpado de três crimes pela compra e posse de arma de fogo. Após apenas três horas de deliberação, o Biden jovem foi considerado culpado de crimes puníveis com um máximo de 25 anos de prisão – sendo que o juiz terá que fixar a sentença posteriormente. Para os analistas, a decisão desta terça-feira é um golpe para o presidente, que está a menos de cinco meses das eleições presidenciais e que está habituado a que o seu oponente, Donald Trump, use os familiares dos adversários como arma de arremesso.
Hunter protagonizou um dos escândalos da campanha que levaria o seu pai à Casa Branca, devido a ter mantido um vínculo profissional com uma empresa de energia da Ucrânia, a Burisma, que lhe pagava 50 mil por mês e da qual chegou a ser membro do conselho de administração. Aceitou o cargo em 2014, quando o seu pai era o número dois de Barack Obama, o que incomodou os republicanos, que posteriormente viram ali a evidência de um pagamento para que o filho pudesse fazer lobbying durante os jantares em família.
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