"A sofrer". Milhares sem casa após piores inundações em 60 anos no Congo

7 meses atrás 63

Milhares de pessoas ficaram desalojadas na sequência daquelas que foram as piores inundações dos últimos sessenta anos na República Democrática do Congo.

As chuvas torrenciais, registadas no mês de dezembro, fizeram o rio Congo subir e cerca de 500.000 pessoas tiveram de fugir. Atualmente, mais de um mês depois, milhares continuam num campo improvisado para acolher os deslocados.

Em declarações à Reuters, Cyprien Seka, que tem três filhos, é uma das muitas pessoas que ali se encontram, à espera do momento em que seja seguro regressar a casa, uma vez que muitas zonas continuam debaixo de água.

"Já passou quase um mês desde que deixámos as nossas casas por causa das inundações... Estamos a sofrer", disse Seka, a partir do acampamento que fica localizado nos terrenos de uma igreja católica nos arredores da capital Kinshasa.

A família de Seja perdeu quase todos os bens para conseguir fugir e, mesmo no acampamento, muitos têm de dormir ao relento, no chão, devido à falta de espaço nas tendas partilhadas (Veja as imagens na fotogaleria acima).

A agência nota, citado a organização Médicos Sem Fronteiras, que 16 das 26 províncias do Congo continuam a lidar com as consequências das cheias, que mataram pelo menos 221 pessoas. Além das casas danificadas, comunidades já vulneráveis ficaram ainda mais expostas a um risco acrescido de doenças, como malária e febre tifoide. 

O hidrologista Raphaël Tshimanga, da Universidade de Kinshasa, notou que o sucedido veio reiterar a necessidade urgente de melhorar a gestão e a respostas às inundações, sobretudo nos arredores da capital. "O receio é enorme para Kinshasa, que recebe o caudal acumulado de toda a bacia do Congo", disse à Reuters.

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