"Certas forças políticas decidiram voltar a caminhos de retrocesso"

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"A campanha não tem sido boa, mas nos últimos dias tem sido esclarecedora. Porque partindo de uma ideia de moderação, parece que agora certas forças decidiram recuperar e decidiram voltar a caminhos de grande retrocesso para o contrato social de que falava o Rui Tavares. E isso tornou mais claro onde estão as forças da moderação e do progresso, do diálogo e de uma alternativa progressista para a sociedade portuguesa. É preciso juntar essas forças", apelou o candidato à Presidência da República em 2016.

Sampaio da Nóvoa falava aos jornalistas ao lado do porta-voz do Livre, Rui Tavares, no âmbito de uma ação de campanha deste partido em Algés, concelho de Oeiras.

O conselheiro de Estado insistiu na necessidade de juntar "forças da moderação e do progresso".

"Cada um à sua maneira, cada um no seu caminho, é preciso acrescentar, é preciso somar, é preciso juntar, em nome desse Portugal de futuro. A minha presença aqui tem esse significado", afirmou.

Questionado sobre se vê uma esquerda forte o suficiente para vencer as eleições legislativas antecipadas de dia 10, Sampaio da Nóvoa respondeu que "é preciso reforçar a esquerda".

Sobre se planeia estar presente em mais alguma campanha eleitoral, depois de ter estado numa ação esta semana na caravana da CDU (coligação que junta PCP e PEV), Sampaio da Nóvoa disse que sim, sem especificar qual.

Perante a insistência dos jornalistas sobre se se juntará à campanha do Partido Socialista, respondeu: "Estarei nos lugares em que eu sinta que a minha presença possa ter algum significado".

Interrogado sobre se está a participar em campanhas à esquerda na esperança de obter apoio para uma eventual recandidatura à Presidência da República, Sampaio da Nóvoa negou essa intenção.

"Não, neste momento, o essencial, com muita sinceridade, é tentar reforçar um património de valores e de princípios. E eu insisto: com muita moderação e muito diálogo. Nós não precisamos na sociedade portuguesa neste momento de nenhum tipo de radicalismos, precisamos de reforçar o campo democrático. E a minha presença tem esse significado e apenas esse", respondeu.

Já sobre se gostaria de ser ministro num governo à esquerda, foi categórico: "É uma coisa que nem me passa pela cabeça".

Sobre a corrida eleitoral que culmina com as eleições do dia 10, Sampaio da Nóvoa considerou que "têm faltado ideias construtivas para o futuro de Portugal", apesar de elogiar as propostas do Livre.

"Eu tenho muitas proximidades com o discurso do Rui Tavares, na maneira de pensar e de colocar os problemas e é por isso que estou aqui", justificou.

O professor catedrático apelou ao reforço do campo democrático "num momento em que está a haver uma viragem na política no mundo e uma viragem na política em Portugal também".

"Temos de fazer tudo o que pudermos, em todos os momentos, para termos estabilidade no nosso país. Espero, aliás, que todas as forças políticas democráticas, na sequência destas eleições, tenham esse sentido de responsabilidade e que se possa criar um caminho que seja de futuro para Portugal", afirmou.

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