"Comportamento nojento". Funcionária processa chefe por assédio sexual

8 meses atrás 62

Um vice-diretor do gabinete de serviços de emergência do governador da Califórnia, nos Estados Unidos, foi processado por assédio sexual contra uma funcionária.

Ryan Buras foi nomeado vice-diretor de operações de recuperação, uma função que responde a desastres, como incêndios florestais. Por sua vez, Kendra Bowyer era coordenadora sénior de serviços de emergência.

Bursas terá asediado Bowyer durante um ano, com início em 2020, apesar do conhecimento da agência de alegações anteriores semelhantes feitas por outras funcionárias, refere o processo judicial movido por Bowyer, citado pela Associated Press (AP).

"Esta administração varreu para debaixo do tapete uma campanha predatória de abuso sexual e psicológico. Um local de trabalho centrado no apoio a sobreviventes de desastres tornou-se uma zona de desastre aterrorizante e de pesadelo por si só, porque permitiu aquele comportamento nojento", referiram os advogados de Bowyer, num comunicado.

O assédio de Buras incluía "tocar-lhe [em Bowyer] de forma não consensual, tentar deixá-la sozinha em quartos de hotel, agarrar a sua mão em público, ligar e enviar-lhe mensagens de texto quase todas as noites, e muito mais", acrescentaram. 

Bowyer "acreditava que a sua carreira terminaria no momento em que dissesse a Buras para parar, então tentou encontrar a maneira mais educada de impedir o seu comportamento", refere o documento do processo contra Buras, a decorrer no Tribunal Superior do condado norte-americano de Sacramento.

Depois de rejeitar os seus avanços, Bowyer ainda enfrentou uma retaliação por parte de Buras, que restringiu o seu acesso aos recursos necessários para realizar o seu trabalho.

O comportamento de Buras impediu Bowyer de fornecer serviços essenciais aos sobreviventes de desastres e causou-lhe stress, ansiedade e depressão. Em 2021, um médico determinou que a funcionária estava "totalmente incapacitada".

Em comunicado enviado por e-mail à AP, o gabinete de serviços de emergência do governador da Califórnia revelou que contratou um advogado externo para investigar alegações de assédio e "tomou as medidas apropriadas" depois de uma investigação ter determinado que "nenhuma política foi violada".

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