"Cruel" e "horrendo". Ataques matam dezenas na Ucrânia e chocam o mundo

Pelo menos 30 pessoas morreram, esta segunda-feira, em vários ataques russos em diferentes cidades ucranianas. Um dos mais mortíferos e considerado "um dos piores" ocorreu num hospital pediátrico na capital do país, Kyiv, onde pelo menos nove pessoas perderam a vida.

A comunidade internacional já reagiu e considerou que o que aconteceu é "para lá de cruel", "bárbaro", "mais do que indigno" e "um crime de guerra".

Mas onde ocorreram os ataques?

"Um dos piores" ataques russos a Kyiv ocorreu no maior hospital pediátrico da Ucrânia. Pelo menos nove pessoas morreram e 33 ficaram feridas, de acordo com a Reuters. O hospital pediátrico de Okhmatdyt ficou bastante danificado, tendo as janelas ficado partidas e vários painéis destruídos. 

Outro dos ataques ocorreu em Kryviy Rih, a terra natal do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. Pelo menos 10 pessoas morreram e 31 ficaram feridas.

Outras três pessoas morreram em Pokrovsk, no este da Ucrânia. As mortes resultaram de um ataque com mísseis a estruturas industriais, segundo o governador regional de Donetsk.

Uma explosão de uma mina matou cinco civis em Kharkiv. Entre as vítimas estavam uma criança, de cinco anos, e um bebé, de três meses. A explosão ocorreu quando o carro onde as vítimas seguiam passou por cima de uma mina numa estrada florestal.

Houve ainda um morto na sequência de um ataque ucraniano a Nikolskoye, na região fronteiriça de Belgorod, na Rússia. Outras três pessoas ficaram feridas.

"Crime de guerra", "mais do que indigno" e "terrorismo". Portugal condena ataques

O Ministério dos Negócios Estrangeiros português condenou "firmemente os ataques russos a Kyiv, que atingiram, entre outros alvos civis, o maior hospital pediátrico do país", notando que o ataque indiscriminado a crianças é um crime de guerra.

— Negócios Estrangeiros PT (@nestrangeiro_pt) July 8, 2024

A porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, garantiu que "Putin tem de ser julgado pelos crimes hediondos" que comete e considerou que "atingir um hospital pediátrico é mais do que indigno".

Atingir um hospital pediátrico é mais do que indigno. Putin tem de ser julgado pelos crimes hediondos que está a cometer contra o povo ucraniano, com sistemáticas violações dos direitos humanos e a própria lei da guerra.https://t.co/vbA2neIfNs

— Inês Sousa Real (@InesSousaReal) July 8, 2024

Por sua vez, a deputada socialista Isabel Moreira classificou os ataques russos como um "crime de guerra horrendo". 

Crime de guerra horrendo. https://t.co/CJk7A6kNYA

— Isabel Moreira (@IsabelLMMoreira) July 8, 2024

Já a comunidade ucraniana em Portugal condenou os ataques russos e exigiu mais sanções contra Moscovo. O presidente da Associação dos Ucranianos em Portugal lamentou "mais um terrível ato terrorista contra a população civil".

"Chocante", "atos bárbaros" e "cruel". Eis o que se diz lá fora

A Comissão Europeia acusou a Rússia de quebrar "demasiadas vezes" as leis da guerra e considerou que atingir um hospital pediátrico é "para lá de cruel".

Já a França classificou os ataques russos realizados a cidades ucranianas como "atos bárbaros". O Ministério dos Negócios Estrangeiros francês defendeu que os ataques devem ser "adicionados à lista de crimes de guerra pelos quais a Rússia terá de responder".

Por sua vez o ministro dos Negócios Estrangeiros de Itália, Antonio Tajani, disse que os ataques com mísseis russos na Ucrânia "devem ser condenados" pelo mundo inteiro. "Estou abalado pelas imagens dos bombardeamentos em Kyiv, que também atingiram um hospital pediátrico. Crimes de guerra que devem ser condenados por toda a comunidade internacional", disse no X.

Sono colpito per le immagini dei bombardamenti su Kiev con i quali è stato colpito anche un ospedale pediatrico. Crimini di guerra che vanno condannati da tutta la comunità internazionale. Il Governo continuerà a difendere la sovranità dell’Ucraina e del suo popolo.

— Antonio Tajani (@Antonio_Tajani) July 8, 2024

A Organização das Nações Unidas (ONU) condenou a "onda de bombardeamentos mortíferos" realizados pelo exército russo. Por sua vez, o secretário-geral da ONU, António Guterres, também condenou os ataques e qualificou aquele que atingiu um hospital pediátrico como "particularmente chocante". 

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