"Deixem-me calçar". A conversa entre Trump e agentes durante o ataque

Os quase dois minutos entre os primeiros tiros ouvidos e a saída de Donald Trump do palco em Butler, na Pensilvânia, onde discursava, passaram 'a correr', mas muita conversa aconteceu entre os agentes que estavam no local e próprio ex-presidente.

As publicações internacionais dão conta da transcrição desta troca de palavras, quando às 18h11 locais, 23h11 em Lisboa, os primeiros tiros foram ouvidos.

Entre um grupo de agentes que correram para o proteger, houve um que lhe disse para este se baixar, antes de se ouvirem mais tiros.

Nesta segunda 'ronda', Trump já estava num 'casulo' protegido pelos agentes e enquanto uma gente questionou "o que estava [o grupo] a fazer", um outro responde (após mais tiros), referindo-se a um veículo: “Vai à volta da sobresselente”.

Utilizando o nome de código da equipa [Hawkeye], o grupo refere que está pronto para avançar para a 'fuga' e é aí que os agentes têm a confirmação de que podem avançar com (relativa) segurança, ouvindo: "O atirador foi neutralizado".

Com esta ‘luz verde’, os agentes começaram a confirmar entre si se conseguiam levantar-se para seguir até ao veículo, levantando Trump, que lhe diz: “Deixem-me apanhar os meus sapatos. Deixem-me calçá-los”.

Foi neste momento que um dos agentes reparou que Trump estava a sangrar, e o informou: "Espere, tem sangue na cara". A hesitação de um, foi o gatilho de outro, que o apressou: "Senhor, temos de seguir para o carro". Ainda descalço, Trump responde, antes de erguer o punho no ar para a multidão, que mostrou apoio: "Deixem-me levar os meus sapatos".

Ouça abaixo:

— Legenda Brasilis (@legendabrasilis) July 14, 2024

Leia Também: "Não façam suposições" sobre ataque a Trump. "Deixem o FBI trabalhar"