"É essencial". General britânico diz ser necessário planear mobilização

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O chefe do Estado-Maior General do Reino Unido, Patrick Sanders, afirmou, esta quarta-feira, que as forças militares do país, incluindo as reservas, não são suficientes caso haja uma guerra com a Rússia e alertou para a necessidade de planear uma mobilização nacional. O responsável considerou ainda que "colocar as sociedades em pé de guerra quando necessário não é agora apenas desejável, mas essencial".

"Precisamos de um Exército concebido para se expandir rapidamente, de modo a capacitar o primeiro escalão, dotar o segundo escalão de recursos e formar e equipar o exército de cidadãos que lhe seguirá", afirmou Sanders numa conferência de imprensa, citado pela imprensa britânica. 

"Nos próximos três anos, deve ser credível falar de um exército britânico de 120.000 homens, incluindo a nossa reserva e a reserva estratégica. Mas isto não é suficiente", acrescentou, frisando que os países da Europa Oriental e do Norte, "que sentem mais intensamente a proximidade da ameaça russa, já estão a agir com prudência, lançando as bases para a mobilização nacional".

As palavras do responsável britânico surgem após o presidente do comité militar da NATO, Rob Bauer, ter alertado que os países da aliança transatlântica se devem preparar para uma guerra com a Rússia nos próximos 20 anos e que, apesar de as forças armadas estarem preparadas para a eclosão de uma guerra, os cidadãos também devem estar prontos para um conflito.

"Começa aí". Civis do Ocidente devem preparar-se para guerra, alerta NATO

Rob Bauer, presidente do comité militar da NATO, notou que, apesar de as forças armadas estarem preparadas para a eclosão de uma guerra, os cidadãos também devem estar prontos para um conflito que irá mudar a realidade atual.

Notícias ao Minuto | 09:16 - 19/01/2024

"Como o presidente do Comité Militar da NATO avisou na semana passada, e como o governo sueco fez, preparando a Suécia para a entrada na NATO, tomar medidas preparatórias para permitir colocar as nossas sociedades em pé de guerra quando necessário não é agora apenas desejável, mas essencial", considerou o chefe do Estado-Maior General do Reino Unido, acrescentando que os governos devem considerar "a mobilização, a reserva ou o recrutamento".

Para o responsável, a invasão russa da Ucrânia "não se trata apenas do solo negro do Donbass, nem do restabelecimento de um império russo". Trata-se de derrotar o nosso sistema e o nosso modo de vida, a nível político, psicológico e simbólico. A forma como reagimos, enquanto geração anterior à guerra, irá repercutir-se na história. A bravura ucraniana está a ganhar tempo, por agora", considerou.

Sublinhe-se que a Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991, após a desagregação da antiga União Soviética, e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, mas não conheceu avanços significativos no teatro de operações nos últimos meses, mantendo-se os dois beligerantes irredutíveis nas suas posições territoriais e sem abertura para cedências negociais.

As últimas semanas foram marcadas por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, enquanto as forças de Kyiv têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.

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