"É mesmo o meu compromisso: eu só governarei se ganhar as eleições"

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"Eu disse antes, estou a dizer durante e é mesmo o meu compromisso: eu só governarei como primeiro-ministro se ganhar as eleições", realçou Luís Montenegro, num comício da Aliança Democrática (AD) no Europarque, em Santa Maria da Feira, no distrito de Aveiro.

Em seguida, o presidente do PSD explicou aos portugueses a razão pela qual rejeita governar se a AD não for a força mais votada nas legislativas de 10 de março: "É que é precisamente o princípio da decisão. Eu quero respeitar a vossa decisão. Eu quero a legitimidade da vossa vontade. Eu não vim para fazer arranjos partidários. Eu não vim para vacilar nos princípios e nos valores em que sempre acreditei".

"Eu vim para mudar o país, eu vim para acreditar nas pessoas, eu vim para dar aos jovens um futuro, eu vim para ter uma classe média forte, eu vim para ver os pensionistas, os avós com dignidade ao lado dos seus filhos e ao lado dos seus netos. Nós estamos aqui para receber do povo o mandato para mudar a vida do país", acrescentou.

Neste comício, que terminou perto da meia-noite de sexta-feira, e que contou com a presença do antigo presidente da Comissão Europeia Durão Barroso, Luís Montenegro apresentou a AD, coligação PSD/CDS-PP/PPM, como "a maior garantia de estabilidade".

"Do outro lado do PS temos o maior exercício de instabilidade da história da democracia portuguesa. Um Governo que dispõe de maioria absoluta no parlamento e que não é capaz de se aguentar é ou não é o cúmulo da instabilidade política?", declarou.

O presidente do PSD apontou Pedro Nuno Santos como "um dos rostos da instabilidade, porque ele foi um dos demitidos" do atual Governo chefiado por António Costa, e contestou a ideia de que o secretário-geral do PS tem "capacidade de decisão".

Segundo Luís Montenegro, enquanto ministro das Infraestruturas, o que Pedro Nuno Santos fez na ferrovia foi "deixar tudo aquilo que estava planeado, orçamentado e financiado na gaveta", e na gestão TAP decidiu "por capricho ideológico nacionalizar uma companhia que estava em processo de privatização, injetar três mil e 200 milhões de euros do dinheiro dos contribuintes e no fim do dia ir privatizá-la na mesma".

"Isso não é decidir. Isso é decidir mal", defendeu.

"Nós decidiremos. Decidiremos com ponderação, ouvindo as pessoas, ouvindo aqueles que têm um contributo positivo a dar para que a decisão seja uma boa decisão", contrapôs.

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