"Massacre". Líder de culto no Quénia acusado de 191 crimes de homicídio

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Paul Mackenzie, homem que é acusado de liderar um culto que levou à morte de mais de 400 pessoas, no Quénia, foi hoje acusado de 191 crimes de homicídio, avança a AFP.

Segundo a AFP, o pastor e outros 29 réus declararam-se inocentes, ao comparecerem perante um tribunal na cidade de Malindi, dez meses após a revelação deste caso que chocou o Quénia.

O antigo taxista, que se tornou pastor, está em prisão preventiva desde 14 de abril, um dia após a descoberta das primeiras vítimas na floresta de Shakahola (sudeste do Quénia) onde se encontra a Igreja Internacional da Boa Nova, que Paul Nthenge Mackenzie fundou em 2010.

O arguido defendeu que os seus seguidores jejuassem até à morte para "encontrar Jesus" antes do fim do mundo.

A investigação realizada em Shakahola, uma vasta área de mato na costa queniana, levou à exumação de 429 corpos, alguns que estavam enterrados há vários anos.

As autópsias revelaram que a maioria das vítimas morreu de fome. Alguns, incluindo crianças, foram estrangulados, espancados ou sufocados.

A revelação deste escândalo, denominado "massacre de Shakahola", colocou as autoridades quenianas sob fogo por não terem impedido as ações do pastor, que, no entanto, foi preso várias vezes pela sua pregação extrema.

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