"Não gosto de estar na prisão. Mas não pretendo renunciar ao meu país"

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"span class="news_bold">Tenho o meu país e as minhas convicções. Não quero desistir nem do meu país nem das minhas ideias. (...) Se as nossas convicções valem alguma coisa, devemos estar dispostos a defendê-las. E, se necessário, a fazer alguns sacrifícios", escreveu Navalny na rede social Telegram.

Navalny admitiu que tanto os presos como os funcionários penitenciários lhe fazem sempre a mesma pergunta: "Por que é que voltou?".

"Há apenas três anos regressei à Rússia depois de completar o meu tratamento por envenenamento. Prenderam-me no aeroporto e estou preso há três anos", indicou o opositor, que negou que o seu regresso tenha sido um acordo secreto com o Kremlin, insistindo que se uma pessoa não está disposta a ir até o fim é porque não tem convicções nem princípios.

"É claro que não gosto de estar na prisão. Mas não pretendo renunciar às minhas ideias ou ao meu país. As minhas convicções não são exóticas, sectárias ou radicais (...) As pessoas no poder devem mudar. A melhor forma de eleger as autoridades são eleições limpas e livres. Todos precisam de um julgamento justo. A corrupção destrói o Estado. Não deve haver censura", defendeu Navalny na sua mensagem.

O opositor do regime considera que o "Estado 'putinista' não é viável", alegando que a hipocrisia faz dos comunistas crentes ortodoxos; dos mulherengos, dos conservadores e dos ricos "patriotas agressivos".

"Mentiras, mentiras e nada mais que mentiras. Assim que olharmos para a sua cadeira, (o Presidente russo Vladimir Putin) não estará mais lá", concluiu Navalny.

O opositor reapareceu no dia 23 de dezembro numa prisão do Círculo Polar Ártico, no distrito autónomo de Yamalo-Nenets, após 20 dias de viagem desde Moscovo.

Navalny foi transferido para a penitenciária Lobo Polar depois de anunciar uma campanha contra a reeleição de Putin em 2024, a quem acusa de ter ordenado o seu envenenamento em agosto de 2020.

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