O presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, assegurou, na terça-feira, que o país não se vai envolver em quaisquer hostilidades, contudo, acusou a NATO de não querer acabar com a guerra na Ucrânia e de querer arrastar os bielorrussos para o conflito.
"Não nos vamos envolver em quaisquer operações de combate", disse Lukashenko, num evento governamental, segundo cita a agência estatal russa TASS.
"Posso garantir que não vamos tolerar quaisquer confrontos na fronteira com a Ucrânia. Não haverá nenhum", sublinhou.
O presidente bielorrusso defendeu que os confrontos fronteiriços não são do interesse da Bielorrússia nem da Ucrânia, especialmente tendo em conta "os desenvolvimentos no campo de batalha" e atirou contra o Ocidente.
"Foi injetado muito dinheiro na Ucrânia. Tenho a certeza absoluta de que o Ocidente, em primeiro lugar, os americanos, não estão dispostos a deixar a Ucrânia. É uma boa fortaleza, um bom solo. Quem é que se vai retirar de lá? Mas não há pessoas suficientes para continuar a lutar. Por isso, é necessária uma escalada para enviar tropas da NATO. Os mercenários não são suficientes", disse
Segundo Lukashenko, a situação na linha da frente é "catastrófica, muito grave" para os ucranianos e avisou que se alguém violar a fronteira, "a resposta será muito dura e severa".
Leia Também: "Zelensky olha para Orbán e vê Putin, como se fosse um espelho"