"O nosso país é único, mas a maioria dos jogadores prefere emigrar"

8 meses atrás 68

Pedro Machado encontra-se sem clube desde o final da temporada passada e não tem dúvidas de que o futuro passa pelo estrangeiro. Afinal de contas, o antigo jogador do Vitória FC e do Torreense acredita que lá fora a valorização é outra. 

"Eu sinto e partilho da mesma opinião do mister Rui Borges – com quem joguei no Mirandela –, que, recentemente, numa entrevista, disse que cada vez mais o futebol é um negócio e a capacidade para aproveitar as oportunidades. O nosso país é único, mas a grande maioria dos jogadores prefere emigrar, porque lá fora somos mais valorizados e surgem muito mais oportunidades. Além disso, cá não há espaço para todos, pois temos um país com muito talento e jogadores com muita qualidade", começou por dizer o defesa de 27 anos ao Desporto ao Minuto.

"Vejo com muito bons olhos voltar a emigrar, mesmo que para isso tenha de fazer um esforço para abrir portas. Mas tenho a consciência de que sou um jogador com qualidade e que pode acrescentar coisas boas a qualquer equipa. Não descarto ficar em Portugal, mas o mais importante para mim, neste momento, é voltar a jogar num contexto certo para mostrar todas as minhas qualidades", explicou Pedro Machado. 

Há cerca de um ano, o jogador formado no Louletano deixava o Torreense para jogar no Bonfim, tendo a oportunidade de vestir a camisola de um emblema "histórico" que, ao final de contas, ficou a apenas um golo de garantir a permanência na Liga 3. 

“Foi uma época difícil, de muita resiliência para mim. Vinha de um ano muito positivo, tinha-me estreado na Primeira Liga da Roménia, depois conquistei a Liga 3 pelo Torreense e senti-me muito importante nessa caminhada. Nesse verão foi uma loucura! Recebi várias sondagens da Primeira Liga e um proposta concreta de um clube da Coreia do Sul que me permitia jogar a Champions asiática. Não avançou, mantinha contrato com o clube e, obviamente, tinha que respeitar. Além disso, fizeram-me crer que iria ser uma peça importante na época que estava a começar. Acreditei, mas não se comprovou. Guardo as boas memórias que o Torreense me proporcionou. Depois, tive a oportunidade de representar o Vitória FC, que é um clube enorme. Consegui conquistar o meu espaço num grupo que tinha muita qualidade, fiz muitos jogos, um golo e uma assistência, mas infelizmente não foi suficiente para ajudar o clube a cumprir com os objetivos. Fica esse amargo de boca, pois o Vitória FC é um clube que tem de voltar às competições profissionais rapidamente", vincou, antes de revelar mais detalhes sobre o último verão. 

"Na teoria, o projeto certo existiu e foi isso mesmo que me levou a recusar todas as outras propostas e abordagens que foram aparecendo. Recebi vários convites da Arménia, Azerbaijão e Indonésia, projetos de subida na Liga 3… Mas quando se trabalha com alguém que nos diz, desde a primeira semana depois do último jogo, que o nosso futuro passa por ali, por uma equipa da Segunda Liga, para irmos de férias descansados e mentalizarmos a família que está tudo certo com essa equipa, torna-se muito frustrante quando depois não se realiza. Foi o que aconteceu", esclareceu. 

Agora, Pedro Machado projeta uma nova aventura no estrangeiro, depois de ter passado pela Roménia em 2021/22, altura em que vestiu a camisola do Universitatea Craiova. Para trás ficam, também, passagens por B SAD, Casa Pia ou Oliveirense.

Leia Também: Varzim vai eleger comissão administrativa para colmatar vazio diretivo

Todas as Notícias. Ao Minuto.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online.
Descarregue a nossa App gratuita.

Apple Store Download Google Play Download

Ler artigo completo