"Perigosos". Comentários de Trump colocam "segurança" da NATO em 'alerta'

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O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que se encontra na corrida para voltar a ocupar o cargo, afirmou, no sábado, que, caso seja reeleito, não irá defender os países devedores atacados pela Rússia, pelo contrário: Encorajaria o país liderado por Vladimir Putin a "fazer o que quiser". As declarações do republicano foram amplamente criticadas pelo presidente norte-americano, Joe Biden, e pela aliança transatlântica NATO.

"Um dos presidentes de um grande país levantou-se e disse: 'Bem, senhor, se não pagarmos e formos atacados pela Rússia, vai defender-nos?': Não, não vou proteger-vos mais. Aliás, vou encorajá-los a fazerem o que quiserem. Vocês têm de pagar as dívidas", disse num comício na Carolina do Sul, referindo-se a um país-membro da NATO não identificado que o terá confrontado sobre a ameaça de não defender os Estados que não cumprissem as metas de financiamento da Aliança. "Não pagou, é delinquente", acrescentou.

Jens Stoltenberg, secretário-geral da NATO, considerou que as declarações de Trump "minam a segurança" e expõe os soldados norte-americanos e europeus "a um risco acrescido".

"Qualquer sugestão de que os aliados não se defenderão mutuamente mina a segurança de todos nós, incluindo a dos EUA, e expõe os soldados americanos e europeu a um risco acrescido. Espero que, independentemente de quem ganhe as eleições presidenciais, os EUA continuem a ser um aliado forte e empenhado da NATO", defendeu, em comunicado. 

"Mina a segurança de todos". NATO critica declarações de Trump

Trump afirmou que encorajaria Rússia a "fazer o que quisesse" com devedores à NATO.

Notícias ao Minuto com Lusa | 15:32 - 11/02/2024

Por seu turno, Joe Biden descreveu os comentários do seu adversário como "angustiantes e perigosos", que significam "a sua vontade de abandonar os aliados da América que são membros da NATO em caso de um ataque russo".

"O facto de Donald Trump admitir que pretende dar luz verde a Putin para mais guerra e violência, para continuar o seu ataque brutal a uma Ucrânia livre e para estender a sua agressão ao povo da Polónia e dos Estados Bálticos é angustiante e perigoso", afirmou o presidente dos Estados Unidos em comunicado.

Antes, a Casa Branca também já tinha considerado que "encorajar a invasão dos aliados mais próximos por regimes assassinos é confrangedor e insano".

"Em vez de apelar à guerra e promover o caos, o presidente Biden continuará a apoiar a liderança norte-americana", acrescentou o porta-voz, Andrew Bates.

Sublinhe-se que Trump tem sido frequentemente hostil em relação à continuação da ajuda americana à Ucrânia, em guerra com a Rússia há cerca de dois anos, e tem acusado regularmente os aliados da NATO de incumprimento dos seus compromissos em termos de despesas militares.

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