"Prioridades". Putin quer instalar unidade de energia nuclear no espaço

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O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou, esta quinta-feira, que os projetos espaciais, incluindo a instalação de uma unidade de energia nuclear no espaço, devem ser prioridade com financiamento adequado.

"[A Rússia] tem boas competências e, além disso, tem mesmo reservas de que nos podemos orgulhar, com as quais podemos contar no futuro", afirmou Putin, durante uma reunião com membros do governo, citado pela agência noticiosa estatal TASS, dando como exemplo uma unidade de energia nuclear que funcionaria no espaço.

O presidente russo sugeriu ainda que é necessário "financiar atempadamente". "Parece que estamos todos habituados ao facto de termos competências que outros países não possuem, mas temos de lhes prestar especial atenção para que se desenvolvam e possam ser utilizadas no futuro para resolver as tarefas (que podem e devem ser resolvidas com a ajuda destas tecnologias). Só precisamos de estabelecer prioridades", considerou.

De recordar que o chefe da agência espacial russa Roscosmos, Yuri Borisov, afirmou, na semana passada que a Rússia e a China estão a trabalhar num projeto para instalar um reator nuclear na Lua.

"Atualmente, estamos a considerar seriamente um projeto para levar à Lua e aí montar um reator nuclear, em conjunto com os nossos parceiros chineses, algures entre 2033 e 2035", destacou Borisov durante o festival da juventude russo, a 5 de março.

Por sua vez, em março de 2021, a Corporação Espacial Estatal Russa Roscosmos e a Administração Espacial Nacional da China assinaram um acordo de cooperação com a China.

A notícia surge depois de fontes terem dito à CNN, no mês passado, que a Rússia está a tentar desenvolver uma arma espacial nuclear que poderia potencialmente paralisar uma vasta faixa de satélites comerciais e governamentais.

Este tipo de arma - geralmente conhecida pelos peritos militares espaciais como PEM nuclear - criaria um impulso de energia eletromagnética e uma inundação de partículas altamente carregadas que atravessariam o espaço para perturbar outros satélites que giram em torno da Terra.

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