"Projeto europeu está em risco" devido a "ambiente de guerra, de ódio"

3 meses atrás 76

"A Europa está em risco e este projeto está em risco precisamente por esta cultura de ódio que está a invadir a União Europeia e que de forma irresponsável acha que a guerra é solução para o que quer que seja", considerou Mariana Mortágua, em declarações aos jornalistas.

No primeiro dia de campanha oficial para as eleições europeias, a cabeça de lista do BE, Catarina Martins, contou com a presença da coordenadora do partido que a acompanhou numa arruada em Moscavide, no distrito de Lisboa.

"Não é preciso estar muito atento ao que se passa na Europa para sentir o cheiro e o ambiente belicista de guerra, de violência, de ódio e de divisão. A Europa está num momento de charneira, num momento muito importante onde tudo se decide", salientou.

Mortágua avisou para o regresso de "sombras do passado" de quem "não respeita o que aprendemos no pós-guerra, de quem não respeita que a Europa se construiu sobre essa aprendizagem do fascismo e da guerra e, por isso, se fundou nos valores de democracia, de solidariedade e cooperação".

Neste contexto, Mariana Mortágua considerou importante ter uma "voz determinante e séria na União Europeia e que não cede perante o militarismo, que não cede nas alianças com a extrema-direita, que não faz alianças com o ódio e violência apenas para manter o poder, é isso que estamos a ver por parte da direita e da extrema-direita na Europa".

"Joga-se o futuro da União Europeia e do projeto europeu nestas eleições e por isso é que as levamos tão a sério", sublinhou.

A cabeça-de-lista do partido, Catarina Martins, considerou que "a direita é um problema, não apenas a extrema-direita".

"A direita é um problema, não é só a extrema-direita, porque quando Sebastião Bugalho [cabeça-de-lista da Aliança Democrática, que junta PSD, CDS-PP e PPM] disse num debate que se levantará comigo contra qualquer recuo sobre os direitos das mulheres, a verdade é que ele se candidata para se sentar ao lado da extrema-direita com quem a sua candidata a presidente da Comissão Europeia já está a negociar a próxima comissão", criticou.

Catarina Martins considerou que "estas eleições são determinantes para toda a gente mas também para as mulheres", lembrando que hoje se assinalam 24 anos da primeira lei apresentada pelo BE, que propôs que a violência doméstica passasse a ser crime público.

Leia Também: BE defende meios para defesa da Ucrânia mas deixa alerta

Ler artigo completo