"Racismo". Família ameaçada à mão armada pela polícia recebe 1,9 milhões

7 meses atrás 95

Uma família afro-americana que foi erradamente retida à mão armada pelas autoridades do estado do Colorado será indemnizada em 1,9 milhões de dólares (cerca de 1,7 milhões de euros).

Brittney Gilliam foi parada pelas autoridades num parque de estacionamento em Aurora, naquele estado norte-americano, em 2020.

A mulher estava acompanhada pela filha de seis anos, pela irmã de 12 anos, e ainda pelas sobrinhas de 14 e 17 anos. Imagens publicadas nas redes sociais mostravam a família deitada no chão, enquanto as autoridades empunhavam as suas armas.

Brittney, a irmã de 12 anos e a sobrinha de 17 anos foram algemadas, depois de os agentes terem parado as jovens por considerarem que o veículo em que seguiam tinha sido roubado.

Brittney Gilliam was taking her daughter, sister, and nieces to a salon in August 2020 when police mistook her car for a stolen vehicle. https://t.co/izNjsvFjmV

— Daily Press (@VVDailyPress) February 6, 2024

Nos vídeos captados, as crianças podem ser ouvidas a chorar e a chamar pela mãe, enquanto testemunhas questionam as autoridades.

É que, segundo a polícia, a matrícula do automóvel correspondia à de um veículo roubado – mas noutro estado. Quando se aperceberam do erro, os agentes libertaram as jovens, de acordo com a então chefe da polícia de Aurora, Vanessa Wilson.

Brittney processou os agentes, que acusou de “racismo profundo e sistémico”.

Na segunda-feira, o advogado da família, David Lane, confirmou que foi alcançado um acordo com a cidade de Aurora, adiantou a BBC.

“Todas as partes estão muito satisfeitas com este acordo”, disse, em comunicado.

O incidente ocorreu num momento em que as autoridades de Aurora estavam a sofrer escrutínio severo pela morte de Elijah McClain, um jovem afro-americano de 23 anos que morreu sob custódia policial, em 2019. Em 2023, um ex-polícia caucasiano foi condenado a 14 meses de prisão pelo assassinato.

Leia Também: EUA. Morte de bebé que partiu pescoço no parto considerada homicídio

Ler artigo completo