"Tinha de ser". Governadora de Dakota do Sul admite ter matado o seu cão

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A governadora de Dakota do Sul e eventual candidata republicana à vice-presidência dos EUA, Kristi Noem, de 52 anos, está a enfrentar críticas por partilhar no seu livro de memórias uma história onde descreve a forma como matou o seu cão de 14 anos na quinta da família.

Apesar do livro de memórias, intitulado 'No Going Back: The Truth on What's Wrong with Politics and How We Move America Forward', só ter previsão de ser lançado a 7 de maio, o The Guardian teve acesso a um trecho, onde está detalhada a história.

O artigo daquele jornal britânico, citado pela Reuters, descreve uma secção do livro de Noem, na qual esta conta que matou a tiro o animal depois de decidir que era "perigoso" e "que não dava para treinar".

De acordo com o seu relato, Noem afirmou que o cão arruinou uma caçada e depois atacou galinhas de uma família local, tendo-se comportado como um "assassino treinado" que era "perigoso para qualquer pessoa com quem ele estivesse".

Noem terá pegado na sua arma e levado o cão, chamado 'Cricket', até uma pedreira. Naquele local, matou o animal a tiro. "Não foi um trabalho agradável, mas tinha de ser feito", descreveu.

A história foi recebida com condenação online. "Se quer autoridades que não se gabam de matar brutalmente seus animais de estimação... vote nos democratas", afirmou o Comité Nacional Democrata.

Meghan McCain, filha do candidato presidencial republicano em 2008, John McCain, afirmou: "É possível recuperar de muitas coisas na política, mudar a narrativa, etc. – mas não matando um cão".

Colleen O'Brien, diretora sénior da People for the Ethical Treatment of Animals (PETA), condenou a decisão de Noem de matar o cão, criticando Noem por ter permitido "que este cachorrinho indisciplinado andasse à solta com galinhas e depois castigá-lo em vez de treiná-lo ou encontrar um tutor mais responsável que lhe desse um lar adequado".

Noem, no entanto, decidiu defender-se das críticas negativas, fazendo uma publicação na rede social X. "Adoramos animais, mas decisões difíceis como esta acontecem a toda a hora numa quinta. Infelizmente, há algumas semanas, tivemos de abater três cavalos que estavam na nossa família há 25 anos", escreveu.

Noem serviu como único membro do seu estado na Câmara dos Representantes durante oito anos antes de ser eleita a primeira mulher governadora, em 2018. Além disso, agora faz parte de uma lista de candidatos que estão a ser considerados por Trump para a vice-presidência que vai disputar com o presidente dos EUA Joe Biden em 5 de novembro, revelaram amigos e aliados de Trump à Reuters. 

Noem já admitiu que poderá vir a ser a escolha de Trump para o 'ticket' republicano (a dupla de candidatos a presidente e a vice-presidente), alegando que "ninguém com sensatez no partido poderá recusar este convite", se ele vier a acontecer.

Para Trump, a figura de Kristi Noem (que tem elevados níveis de aprovação como governadora no estado do Dakota do Sul, no sudoeste dos EUA) traz-lhe algumas vantagens relevantes, com o seu perfil de republicana moderada, mulher e com influência em vários setores importantes da sociedade, nomeadamente junto do poderoso lóbi das armas.

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